quinta-feira, 29 de junho de 2017

Pezão diz que não há dinheiro para salários da Uerj: ‘Quero pedir desculpa’


29/06/2017 14h16 | Foto: Divulgação
Após a assinatura da renovação do convênio da Operação Centro Presente, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, pediu desculpas ao servidores do Rio. Ele afirmou que não há recursos em caixa para o pagamento dos salários dos servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), embora uma decisão da Justiça nesta quarta-feira tenha determinado o pagamento em 48 horas.
Pezão, que garantiu que ficará até o fim do mandato, acredita que conseguirá colocar o pagamento do funcionalismo em dia em até 60 dias após a aprovação do projeto do teto dos gastos dos poderes do estado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
— Estou muito tranquilo (com a decisão da Justiça). Não tenho dinheiro no caixa para pagar. Estou recebendo junto com a Uerj. Recebi ontem também os mesmos R$ 250 que um funcionário da Uerj recebeu. Todo o secretariado recebe no mesmo dia que recebemos. É um momento de dificuldade nossa. Tenho certeza que vamos terminar. Quero chegar em agosto já sem os bloqueios. Terminando o processo (votação do teto de gastos dos poderes) na Alerj hoje, acredito que, em 45 ou 60 dias, possa colocar todo os salários em dia. O maior compromisso até o fim do meu mandato é com o funcionalismo público. Quero pedir desculpas por tudo que o funcionalismo tem passado com os atrasos. Mas tenho certeza que vou chegar ao fim de 2018 com todos os salários em dia — afirmou.
A proposta que será votada na assembleia é mais branda em relação a original. De acordo com cálculos do deputado estadual Luiz Paulo Corrêa (PSDB), ela é R$ 9,5 bilhões a mais que a original. Apesar disso, Pezão classificou o texto atual como “excelente”.
— Esse texto (do teto de gastos dos poderes) é excelente. Está dentro das nossas previsibilidades. Não tem problema nenhum — disse o governador.
Pezão comentou também a operação Calabar, contra a corrupção na Polícia Militar:
— Nunca compactuamos com erro de nenhum funcionário. Essa operação está sendo feita há sete meses. Toda a área de segurança está envolvida na operação. Não há coisa pior do que uma pessoa que recebe um distintivo do estado, que tem sido a primeira a receber o pagamento neste momento de dificuldade do estado, e dar apoio a um traficante que mata um colega dele de farda. Vamos punir.
CRÍTICAS DE PICCIANI
O governador minimizou as críticas feitas pelo presidente da Alerj, Jorge Picciani. Na semana passada, em entrevista a rádio CBN, Picciani criticou duramente a habilidade política de Luiz Fernando Pezão.
— Não falei com Picciani. Recebo (as críticas) com tranquilidade, como recebi das outras vezes. Procuro fazer uma política de proximidade, de agregação. Ele faz as críticas dele. Algumas eu aceito, outras eu não aceito. O que é para me acertar eu absorvo. Não sei se foi (política).
Pezão garantiu que ficará até o fim do mandato:
— Claro que eu fico (no cargo). Só se eu passar mal. A saúde está mais ou menos. Vou me cuidar melhor. É a única coisa que pode me tirar. Não sou melhor que ninguém, mas trabalho 17 horas por dia pra achar solução para o funcionalismo público.
Fonte: Extra

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