quinta-feira, 29 de junho de 2017

Batalhão de São Gonçalo já foi investigado outras vezes pela Polícia Civil

Não é a primeira vez que o 7º BPM (São Gonçalo) é alvo de operação. Ao longo dos anos, os investigadores encontraram ligações entre PMs da unidade e traficantes. Essa é a terceira vez que o batalhão é alvo de investigação de uma grande operação.
Em 2011, dois casos resultaram na prisão de dezenas de PMs, inclusive dos comandantes do batalhão. O primeiro deles foi em setembro, para investigar o assassinato da juíza Patrícia Acioli. Ela foi morta um mês antes, com 21 tiros, na porta de casa, em Niterói, na Região Metropolitana. A juíza acompanhava o caso da morte de um jovem de 18 anos numa comunidade de São Gonçalo. E horas antes de morrer determinou a prisão de três PMs do batalhão.
Eles e mais oito policiais militares foram acusados depois de participar da morte da juíza. Um deles, o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, comandava a unidade na época. Ele foi condenado e apontado como o mandante do crime. Recentemente a justiça manteve a prisão de Cláudio Luiz e de outros seis PMs envolvidos. Logo depois da morte da juíza Patrícia Acioli, o comandante foi exonerado do cargo e substituído por Djalma Beltrami.
Beltrami era mais conhecido antes pelo trabalho no futebol, como árbitro durante 22 anos. Ele assumiu o comando da unidade para fazer uma faxina moral na unidade. Mas ficou menos de quatro meses e acabou sendo preso também. Em dezembro de 2011, uma grande operação da polícia civil cumpriu 13 mandados de prisão contra homens do batalhão. De acordo com as investigações eles recebiam propina de R$ 160 mil por mês para não reprimir o tráfico de drogas no Morro da Coruja.
Em março de 2014, Djalma Beltrami foi absolvido sob alegação da justiça de que as provas contra ele não eram suficientes.

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