terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Capitão da PM que resistiu à ordem de prisão no ES se entrega


Do G1 ES
Depois de resistir à ordem de prisão e fugir, o ex-deputado federal e militar da reserva, Lucinio Castelo de Assumção, mais conhecido como Capitão Assumção, se entregou no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar (QCG), em Vitória, na  manhã desta terça-feira (28), segundo a PM.
O juiz da vara da auditoria militar, Getúlio Pereira Neves, decretou a prisão de quatro policiais militares que são suspeitos de iniciar o movimento nos quartéis do Espírito Santo. O capitão foi o terceiro a se apresentar. Nesta segunda-feira, o sargento Aurélio Robson Fonseca da Silva se apresentou no quartel.
Dos quatro, apenas o soldado Maxsom Luiz da Conceição está foragido. O primeiro a ser preso foi o coronel Foresti.

O capitão Assumção se envolveu em uma confusão próximo ao 4º Batalhão da PM, no Ibes, em Vila Velha, no momento em que seria preso, no sábado (24).

Logo após receber voz de prisão, ele conseguiu fugir. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que não houve uso de força na ação. Questionada se houve facilitação para a fuga do militar, a Sesp não respondeu.

G1 tenta contato com a defesa do capitão.
Sargento Robson
Victor Abreu, advogado do sargento Robson, destacou que o militar ficou sabendo através das mídias sociais e da imprensa que poderia haver um mandado de prisão contra ele. “Ele se apresentou hoje [segunda-feira] de forma espontânea à Corregedoria, por volta das 15h”, declarou.
Segundo o advogado, trata-se de um policial militar com 26 anos de serviço ativo, que está em excepcional conduta, que possui duas medalhas “Valor Policial Militar” e que trabalhou todos os dias durante as manifestações de familiares e mulheres de PMs.
Abreu informou que, num primeiro momento, o sargento atuou dentro do cartório do 4º Batalhão e num segundo momento no policiamento ostensivo em Vila Velha. “Ele não faltou sequer um dia de trabalho onde estava escalado”, completou. O advogado salienta que ainda não teve acesso aos autos do inquérito para saber dos fundamentos que basearam a prisão.
“Quando tivermos acesso, vamos tomar as medidas cabíveis a fim de restabelecer a liberdade do militar”, falou.
Segundo Abreu, o sargento Robson estranha qualquer acusação de motim. “Ele não poderia ser um dos cabeças tendo em vista que trabalhou normalmente durante as manifestações, não postou nem incitou ninguém por rede social ou qualquer veículo de comunicação, e não esteve presente em nenhum tipo de conclame em favor do aquartelamento, ou motim, revolta, ou qualquer outro crime militar ou ato de indisciplina”, sublinhou.
O pedido de prisão foi endossado pelo Ministério Público Estadual. Os quatro PMs são acusados de incitar o movimento e de aliciar outros policiais, com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais.
A Polícia Militar informou que vai adotar medidas para cumprir as ordens de prisões dos outros dois policiais militares com mandando de prisão ainda em aberto.
Tenente-coronel Foresti
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o tenente-coronel da PM Carlos Alberto Foresti entrou em contato com policiais militares da Corregedoria e tomou conhecimento do mandado de prisão que havia sido expedido em seu nome.
Às 17h40 do sábado (25), o oficial se apresentou na unidade da Polícia Militar de Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro, sendo encaminhado para o Presídio da Polícia Militar do Espírito Santo, em Vitória, onde chegou na manhã deste domingo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário