segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Golpista se passa por primo de vítima para conseguir dinheiro no ES


Michele FerreiraDa TV Gazeta
Um morador de Castelo, no Sul do Espírito Santo, foi vítima de um golpe por telefone, em que o criminoso se passou por primo da vítima para conseguir dinheiro. O agente de saúde Almir Rodrigues chegou a depositar o dinheiro, mas espera recuperá-lo. A delegacia da cidade informou que registra, pelo menos, um golpe do tipo por semana.
“O golpista falou: 'meu carro quebrou, quebrou uma peça muito cara, que custa R$ 1.530 e eu só tenho R$ 1 mil na poupança. Eu queria saber se você pudesse me arranjar os R$ 530'”, contou a vítima.
Almir disse que a cunhada dele foi quem recebeu o telefonema de uma pessoa, e deu o telefone do agente de saúde. “Eu saí atrás, pensando que era um primo meu”, falou.
A vítima chegou a depositar o dinheiro para o estelionatário, em uma lotérica, e extrato de depósito aponta o valor de R$ 530. Apesar disso, ele foi até a Caixa Econômica Federal para resolver a situação e espera reaver o dinheiro.
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“Se Deus quiser, ele não vai ver esse dinheiro, porque eu corri na Caixa Econômica, conversei com o gerente, ele entrou na conta dele, bloqueou o cartão e a conta. Ele não vai ter mais como abrir conta em lugar nenhum”, declarou.
O delegado Marcelo Meurer, de Castelo, explicou que o problema é identificar quem aplicou o golpe. “Na maior parte das vezes, a conta bancária é feita em nome de outras e pessoas e, muitas das vezes, a linha telefônica está registrada no nome de outra pessoa. Até chegar ao estelionatário, nós percorremos um caminho complicado”, disse.
O aposentado Eli Guimarães, que mora no interior de Cachoeiro, também foi vítima de um golpista, mas, em vez de primo, o criminoso se passou por um sobrinho.
“Diz ele que estava no município de Mimoso, o carro desviou de um caminhão imprudente, caiu num buraco, quebrou o carter do carro, uma roda e, talvez, a suspensão. Perguntou se eu poderia ajudar em R$ 1 mil. Falou que era meu sobrinho, disse o nome”, relatou.
Eli disse que só caiu no golpe porque quem estava do outro lado da linha sabia todas as informações sobre ele. “Ele falou: 'oi, tio Eli, é o Walter'. Eu tenho um sobrinho com esse nome, aí acreditei na história dele, saquei e depositei o dinheiro”, contou o aposentado.
Para tentar não cair no golpe, o delegado deu um conselho. “O recado que nós damos para as pessoas é perguntar: 'com quem você quer falar?', 'para quem você está ligando?'. Além disso, evitar de passar informações a respeito da pessoa e de seus familiares”, falou.

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