Um morador de Castelo, no Sul do Espírito Santo, foi vítima de um golpe por telefone, em que o criminoso se passou por primo da vítima para conseguir dinheiro. O agente de saúde Almir Rodrigues chegou a depositar o dinheiro, mas espera recuperá-lo. A delegacia da cidade informou que registra, pelo menos, um golpe do tipo por semana.
“O golpista falou: 'meu carro quebrou, quebrou uma peça muito cara, que custa R$ 1.530 e eu só tenho R$ 1 mil na poupança. Eu queria saber se você pudesse me arranjar os R$ 530'”, contou a vítima.
Almir disse que a cunhada dele foi quem recebeu o telefonema de uma pessoa, e deu o telefone do agente de saúde. “Eu saí atrás, pensando que era um primo meu”, falou.
A vítima chegou a depositar o dinheiro para o estelionatário, em uma lotérica, e extrato de depósito aponta o valor de R$ 530. Apesar disso, ele foi até a Caixa Econômica Federal para resolver a situação e espera reaver o dinheiro.
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“Se Deus quiser, ele não vai ver esse dinheiro, porque eu corri na Caixa Econômica, conversei com o gerente, ele entrou na conta dele, bloqueou o cartão e a conta. Ele não vai ter mais como abrir conta em lugar nenhum”, declarou.
O delegado Marcelo Meurer, de Castelo, explicou que o problema é identificar quem aplicou o golpe. “Na maior parte das vezes, a conta bancária é feita em nome de outras e pessoas e, muitas das vezes, a linha telefônica está registrada no nome de outra pessoa. Até chegar ao estelionatário, nós percorremos um caminho complicado”, disse.
O aposentado Eli Guimarães, que mora no interior de Cachoeiro, também foi vítima de um golpista, mas, em vez de primo, o criminoso se passou por um sobrinho.
“Diz ele que estava no município de Mimoso, o carro desviou de um caminhão imprudente, caiu num buraco, quebrou o carter do carro, uma roda e, talvez, a suspensão. Perguntou se eu poderia ajudar em R$ 1 mil. Falou que era meu sobrinho, disse o nome”, relatou.
Eli disse que só caiu no golpe porque quem estava do outro lado da linha sabia todas as informações sobre ele. “Ele falou: 'oi, tio Eli, é o Walter'. Eu tenho um sobrinho com esse nome, aí acreditei na história dele, saquei e depositei o dinheiro”, contou o aposentado.
Para tentar não cair no golpe, o delegado deu um conselho. “O recado que nós damos para as pessoas é perguntar: 'com quem você quer falar?', 'para quem você está ligando?'. Além disso, evitar de passar informações a respeito da pessoa e de seus familiares”, falou.
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