O mar avançou 20 metros na madrugada desta segunda-feira (31), em Atafona, São João da Barra e invadiu ruas. A informação é da Defesa Civil do município. A ressaca causou transtornos, mas nenhuma família precisou ser retirada de sua casa.
De acordo com o Felício Valiendo, coordenador da Defesa Civil, uma máquina da prefeitura irá abrir uma vala para escoar a água acumulada. O órgão se colocou à disposição para emergências; os moradores podem entrar em contato pelo número 199.
A Defesa Civil está monitorando a previsão do tempo para prevenir a ocorrência de desastres provocados por fenômenos naturais. No dia 19 de setembro, o Pontal de Atafona recebeu ondas que chegaram a 1,70 metros, devido um fenômeno chamado Sizíge.
A chegada de ondas violentas à costa começa geralmente quando rajadas de vento fazem subir o nível do oceano. Impulsionada por correntes marítimas, a massa de água caminha com velocidade crescente até encontrar o litoral. Ao chegar à praia, o mar agitado inunda a faixa de areia e as ondas quebram bem próximas da orla. A força da ressaca costuma alagar avenidas e danificar construções à beira-mar. Tudo isso ressalta a importância de se manter as áreas de restinga – vegetação que ajuda a conter os impactos do sal -, evitando que o mar avance sobre a costa.
Especialistas dizem que, no Brasil, elas são geralmente causadas por frentes frias que atingem as regiões Sul e Sudeste do país.
No final se semana, a orla do Leblon, na Zona Sul do Rio, também foi afetada por fortes ondas. A Avenida Delfim Moreira chegou a ser fechada nos dois sentidos devido à ressaca e permaneceu assim até a tarde de sábado. Quiosques do bairro tiveram cadeiras, mesas e equipamentos danificados; e o mirante do Leblon foi interditado.
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