domingo, 29 de maio de 2016

Com um jogador a menos, Fla segura a vitória e ameniza a crise


FlaO Flamengo deu o primeiro passo para sair da crise. Pelo menos em campo. O segredo? Aquilo que a torcida tanto cobra e sempre foi uma das características do clube: raça. Com um jogador a menos, o Rubro-Negro segurou a vitória, de virada, sobre a Ponte Preta: 2 a 1, neste domingo, no Moisés Lucarelli. O triunfo sofrido – Muralha salvou no último minuto -, com jeito de Flamengo, dará um pouco de paz nos próximos dias. Foi a estreia de Zé Ricardo, campeão da Copinha, como técnico interino do Fla.

Com pouco tempo de trabalho – apenas dois dias -, a estrutura do time de Zé Ricardo foi a mesma da época de Muricy Ramalho: 4-3-3. O técnico apostou em Fernandinho em uma das pontas. O atacante, para complicar a situação, foi expulso no segundo tempo. Aí entrou em cena o quesito raça. O Flamengo se desdobrou em campo para vencer.
A outra novidade na escalação rubro-negra foi a entrada de Muralha no gol. Porém, por ordem médica. Paulo Victor sentiu dores lombares e ficou fora. Já César Martins voltou a jogar devido à falta de opções da zaga. O defensor, inclusive, deu prova de comprometimento – foi hostilizado pela torcida na semana, quando estava com a mulher e filho. Mesmo assim, aceitou jogar e se desdobrou na zaga.
Agora, o Flamengo pula para sete pontos – não vencia havia duas rodadas no Brasileiro – no Brasileiro e ganha paz. O Rubro-Negro está na quinta colocação no momento – deve perder posições ainda neste domingo.
O Flamengo volta a campo na quinta-feira, às 21h, quando vai enfrentar o Vitória, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. A Ponte Preta também joga na quinta, às 19h30, contra o América-MG, no Independência.
O jogo
O Flamengo demorou a se encontrar. Na verdade, foi dominado pela Ponte Preta nos minutos iniciais. O clube carioca mal conseguia passar do meio do campo. Alan Patrick errou passe e Wellington Paulista arriscou de longe, levando perigo, logo aos três minutos. Depois, Roger virou sobre César Martins e acertou o travessão.
O gol era questão de tempo. Em bola levantada para área, Wellington Paulista desviou para o fundo da rede. A arbitragem, no primeiro momento, anulou o lance. Fábio Ferreira, em impedimento, foi na direção da bola na jogada. O árbitro Anderson Daronco foi conversar com o bandeira, que havia marcado ilegalidade. Daronco ignorou a interferência do zagueiro e validou, de forma errada, o gol.
O Flamengo demorou 16 minutos para finalmente chutar a gol. Willian Arão arriscou de longe. No primeiro ataque mais trabalhado, Fernandinho desceu pela esquerda, mas errou o cruzamento. Mesmo sem jogar bem, o Rubro-Negro chegou ao empate. Alan Patrick cobrou falta da esquerda e Felipe Azevedo, ao tentar cortar, mandou para o próprio patrimônio: gol contra e 1 a 1. A Ponte reclamou que na jogada havia atleta do Fla impedido (Willian Arão). Porém, o desvio do atacante do clube de Campinas tirou o rival do lance.
A bola aérea, mais uma vez, era o calcanhar de Aquiles rubro-negro. Kadu surgiu livre quase que na pequena área. Sorte do Flamengo que ele errou o alvo. O clube carioca melhorou de produção e passou a ficar mais com a bola. Alan Patrick, de fora, obrigou João Carlos a salvar. Depois, o meia novamente parou no goleiro da Ponte Preta, desta vez em lance dentro da área.
A virada rubro-negra saiu após jogada aérea. Alan Patrick cobrou escanteio, a zaga da Ponte afastou, mas Jorge emendou de primeira, da entrada da área: golaço e 2 a 1 no placar.
Com mais posse de bola, o Flamengo tentava dominar o jogo. Porém, faltava criar. Zé Ricardo tirou Felipe Vizeu, que mal tocou na bola, e colocou Gabriel. A Ponte Preta quase empatou. Jorge perdeu lance pela esquerda. Pottker cruzou, mas Felipe Azevedo não pegou de jeito. Mesmo assim, a bola tirou tinta da trave. Muralha só torceu para a bola sair.
O Flamengo ficou com um jogador a menos. Fernandinho foi expulso. Ele fez uma falta aos cinco minutos, sendo amarelado, e depois outra aos 18, merecidamente levando o vermelho. Zé Ricardo tirou Alan Patrick e colocou Cuéllar. O técnico adiantou Willian Arão no meio de campo. O jogo se transformou em ataque contra defesa. O Fla buscava o contra-ataque (assustou com Gabriel) e se defendia como podia.
A última alteração de Zé Ricardo foi Ederson no lugar de Cirino, desgastado por tanto correr para ajudar na marcação. O ataque contra a defesa continuou. O Flamengo se desdobrou na marcação. No último lance, Muralha salvou o Fla em chute de Felipe Azevedo. Ufa! Xô, crise!

Nenhum comentário:

Postar um comentário