quinta-feira, 31 de março de 2016

Famílias levam areia e tijolos para enterros em cemitério de Cabo Frio


Do G1 Região dos Lagos
Famílias que precisam sepultar entes queridos no Cemitério Municipal Santa Izabel, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, estão precisando custear os materiais para a cerimônia, como areia, tijolos e cimento. Os itens básicos para o sepultamento deveriam ser concedidos pela Prefeitura. Em um vídeo (assista acima), funcionários registraram o material que deveria estar no cemitério chegando em um carro de funerária para o serviço.
"A funerária foi solicitada a comprar. É uma absurdo, é inaceitável pagar o sepultamento e ainda materiais", reclamou Paulo Maurício, que estava no cemitério na manhã desta quinta-feira (31) para o sepultamento do sogro. "A infraestrutura é péssima", completou.
Sacos com restos mortais ficam na recepção do cemitério (Foto: Divulgação/Internauta)Sacos com restos mortais ficam na recepção do
cemitério (Foto: Internauta / Arquivo Pessoal)
De acordo com os funcionários, familiares também precisam dividir espaço com sacos com restos mortais que foram exumados na recepção do cemitério. Por falta de um depósito, o material fica guardado no local até ser removido.
A falta de infraestrutura foi denunciada por funcionários do cemitério, que dizem que o custo dos materiais necessários por sepultamento é de cerca de R$ 60. 
"A secretaria deveria fornecer a areia e o cimento mas não está vindo mais. A funerária e a família que têm que comprar. São uns 20 tijolos, 20 saquinhos de areia, fora a taxa do sepultamento", explicou David, um dos coveiros do cemitério.
Paralisação
Em protesto pela falta de insfraestrutura, os funcionários do cemitério anunciaram uma paralisação para a tarde desta quinta.
 Segundo eles, além da falta de materiais, quem trabalha no local pede melhorias na infraestrutura, como um local apropriado para comer e tomar banho.
"Não tem cimento, não tem tijolo, não temos máscara, não temos material nenhum. Não recebemos a quarta parcela do 13º, o salário sempre atrasa, falta água o dia todo. Isso há mais de seis meses, e ninguém dá satisfação. Vamos fazer a paralisação para tentar conseguir uma resposta do governo", disse David. 
G1 entrou em contato com a Prefeitura de Cabo Frio para ter um posicionamento sobre os problemas de insfraestrutura do cemitério mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria.

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