quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Três suspeitos soltos por morte de nutricionista voltam à prisão no ES


Elis CarvalhoDe A Gazeta
Nutricionista desaparece após visitar prima em São Mateus, no Espírito Santo (Foto: Arquivo Pessoal)Nutricionista desapareceu após visitar prima em
São Mateus (Foto: Arquivo Pessoal)
A Justiça do Espírito Santo determinou, nesta quarta-feira (24), a prisão das três pessoas que haviam sido detidas suspeitas de participação na morte na nutricionista Camila dos Santos Lopes, de 29 anos.
Para o juiz da 3ª Vara Criminal de São Mateus, que pediu a prisão, os envolvidos podem fazer parte de uma quadrilha de roubo de veículos e soltos poderiam atrapalhar as investigações.
Os detidos não vão responder pela morte de Camila.
Morte de nutricionista
Camila dos Santos Lopes ficou desaparecida por dois dias. O corpo foi encontrado no meio de uma plantação de eucalipto por amigos e reconhecido pelo pai no sábado (20), em São Mateus. Camila desapareceu depois de sair de casa por volta 12h dizendo que iria visitar duas primas no bairro Porto e não voltou mais.
Segundo a polícia Rafael de Jesus Lima, 25, atirou na vítima, José Junior Lopes Santos, 24, participou da ação e Anderson Vieira Lopes, 29, comprou o carro roubado por R$ 4 mil. Eles foram presos em Teixeira de Freitas, na Bahia, no último domingo (21).
Já Sandra Mara Vieira, mãe de Anderson, Maurício de Oliveira Santos e Maury Ferreira de Carvalho foram ouvidos e liberados por que o delegado não viu relação com a morte da jovem. Em depoimento eles negaram envolvimento com o crime e também com qualquer organização criminosa de roubo de veículos.
Justiça
Segundo a decisão do juiz Tiago Fávaro Camata, da 3ª Vara Criminal de São Mateus, de início a polícia descartou a participação do trio após prestarem depoimento, mas os policiais militares que prenderam Rafael, José e Anderson, relataram que Rafael disse, ao ser detido, que Sandra teve a função de guardar o carro roubado até que Anderson o comprasse.
Rafael teria dito ainda aos PMs que Maury “é quem fornece as placas e CNH’s, além de documentos de veículos”.
Os militares encontraram no celular de Maury mensagens de várias pessoas pedindo placas para veículos, sendo constatado que o suspeito já trabalhou no Detran.
Os PMs disseram também que Anderson informou que “pediu para Maurício guardar o veículo da vítima”, onde foi encontrado.
A sentença diz ainda que os policiais conseguiram identificar a existência da associação criminosa, onde cada um tinha sua função.
“Diante da necessidade de apurar a existência da suposta organização criminosa, a prisão temporária dos suspeitos se mostra imprescindível às investigações, haja vista que, em liberdade, há sério risco de influenciarem negativamente na coleta das provas”, disse o juiz, que ainda cassou a fiança de R$ 11 mil arbitrada à Anderson, determinando a conversão de prisão dele em flagrante para prisão temporária.
Sandra, Maurício e Maury foram presos nesta quarta-feira (24), cada um na própria casa, em Teixeira de Freitas, na Bahia. Eles foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória de São Mateus.
O delegado que acompanha o caso, Paulo Amaral, disse que até a manhã desta quinta-feira (25) não havia recebido cópia da decisão do juiz.

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