domingo, 28 de fevereiro de 2016

'Que a Justiça seja feita', diz mãe de meninos suspeitos de matar idoso


Do G1 Região dos Lagos
"Por serem meus filhos, aí sim que eu quero que a justiça seja feita". Essa é a declaração da mãe dos meninos suspeitos de terem matado um idoso de 83 anos na quinta-feira (25) em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio. De acordo com a o Polícia Civil, os adolescentes, de 14 e 15 anos, mataram o idoso a facadas como vingança por reclamações de uso de drogas. O enterro do homem será às 10h30 deste sábado (27) no Cemitério de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
A mãe admitiu que os meninos eram dependentes químicos: "Ficavam agressivos. A gente batia muito de frente porque eu não aceitava". Além disso, a mulher espera que os filhos mudem: "Eu acredito que eles ainda podem mudar, entendeu? Que eles podem se transformar, se regenerar, sabe? E sair de lá, cumprir o que devem e sair de cabeça erguida".
De acordo com a delegada Juliana Montes, que investiga o caso, o idoso reclamava do uso de drogas perto de casa: "Testemunhas disseram que ele não deixava que os menores fumassem maconha ou usassem outros tipos de drogas ali no condomínio. Que ele brigava com eles e que não permitia", disse a delegada.
Sebastião Waldir Britto de Oliveira foi encontrado morto em uma rede na varanda da casa com pelo menos 10 perfurações no tórax. Segundo o delegado Carlos Abreu, titular da 126 DP, o adolescente de 14 anos disse que seu irmão mais velho esfaqueou o idoso enquanto ele o segurava.
Segundo o delegado, os menores teriam ido pedir remédios com a intenção premeditada de matar o casal. A mulher teria dado os remédios e, por isso, não foi morta. Segundo a PM, marcas de sangue foram achadas dentro da casa dos irmãos. Um pano de prato encontrado próximo ao local do crime foi reconhecido pela mãe dos adolescentes, de acordo com o relato da própria mulher à polícia.
Na Delegacia, os menores confessaram o crime e informaram que guardavam a arma usada no crime dentro de casa. Os irmãos terão o destino determinado pela Justiça: "Já foram apresentados ao Ministério Público. Eles são apresentados ao Ministério Público e à Vara de Infância e da Juventude. O juiz vai decidir acerca do destino deles e pode ser decretada medida de internação por até 3 anos", disse a delegada Juliana Montes.

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