segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Pezão quer vender helicóptero do programa de transplantes; médicos também param


helicopteroDepois de atrasar salários e 13º do funcionalismo, o governo Pezão vive mais um momento delicado com a crise que chegou de vez à área de saúde.  A Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio está estudando a venda de seu helicóptero, que atende ao Programa Estadual de Transplantes (PET), sob alegação de que a medida tem o objetivo de reduzir gastos de custeio. A aeronave é avaliada em US$ 3,4 milhões e poderá ser leiloada.
Para minimizar, a Secretaria diz que pacientes que aguardam na fila por um transplante não ficarão desassistidos, pois em caso de necessidade, poderão ser acionadas as aeronaves do Corpo de Bombeiros e das Polícias Militar e Civil, uma vez que – junto com o helicóptero da SES – essas aeronaves já são utilizadas atualmente para atender ao PET.
Devido ao atraso nos repasses para custeio pelo governo do estado, aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), a Central Estadual de Transplantes do Hospital São Francisco na Providência de Deus, na Tijuca, zona norte, suspendeu na semana passada novos atendimentos. O hospital é referência em transplantes de rim e fígado.
Para o coordenador da Unidade de Transplante Hepático do hospital e presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Lúcio Pacheco, o atraso no repasse de verbas pode colocar em risco a vida de milhares de pessoas. “A única terapêutica para os pacientes em estágio terminal de doença de fígado e de rim é o transplante. Só quem vive essa angústia ou lida diretamente com o paciente sabe como é difícil essa espera. Além disso, os pacientes que já foram transplantados precisam fazer acompanhamento praticamente durante toda a vida”, afirmou.
O governo Pezão negocia recursos do governo federal e de empresas que devem ao estado para quitar débitos com fornecedores e funcionários terceirizados que atuam nas unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) em duas cotas iguais, no valor de R$ 45 milhões. A primeira deve ser paga esta semana e a segunda entre os dias 30 deste mês e 10 de janeiro. Com os salários atrasados desde novembro e sem receber a segunda parcela do decimo terceiro salário, os médicos e enfermeiros terceirizados estão em greve há cinco dias e a paralisação, prejudica o atendimento à população na maioria das UPAs.

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