terça-feira, 24 de novembro de 2015

Número de crianças com queimaduras preocupa HFM


Criança com queimadura atendida no HFM2O número de atendimentos de crianças vítimas de lesões provocadas por queimaduras, em 2015, está preocupando a direção e a equipe do Hospital Ferreira Machado. A unidade atendeu 14 casos de janeiro a 9 de novembro, sendo que 50% deles foram registrados apenas no mês de outubro: sete atendimentos.
A coordenadora da Comissão de Pele do HFM, Ângela do Amaral, informa que a maioria das queimaduras é provocada por acidentes domésticos, com líquidos aquecidos e atinge crianças de 0 a 6 anos de idade. “Cerca de 72% dos atendimentos que registramos este ano foram de acidentes domésticos considerados previsíveis e que podem ser prevenidos com ações educacionais e profiláticas”, ressalta Ângela.
Este foi o caso do pequeno Miguel, de 2 anos, que está internado há mais de 30 dias na Pediatria do hospital, com lesões provocadas por queimaduras no tórax, nas pernas e nos braços. “O pai dele estava fritando peixe e quando virou para pegar outra coisa, ele puxou a panela”, conta a mãe, Rosilane Barbosa, 32 anos.
– É uma sensação terrível. Temos que vigiar 24 horas, não dá nem para piscar. Agradeço primeiramente a Deus e depois a esta equipe maravilhosa do hospital, que está cuidando do meu filho e me dando apoio psicológico. Olho pra ele e me emociono de tanto que ele evoluiu desde que chegou aqui – afirma a mãe do paciente.
O diretor do HFM, Dante Pinto Lucas, demonstra preocupação com a chegada das férias escolares, no mês de dezembro. “As crianças ficam mais tempo em casa e isso aumenta o risco de acidentes. É fundamental conscientizar os pais a tomarem medidas de precaução”, alerta.
– Os pais devem estar atentos à circulação de crianças em casa, principalmente quando estão cozinhando, pois a maioria dos acidentes acontece durante a preparação de líquidos aquecidos, como água, café, e outros alimentos. Também é aconselhável utilizar as bocas da parte de trás do fogão, além de não deixar produtos inflamáveis e aerossóis ao alcance das crianças – orienta a enfermeira Ângela do Amaral.

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