quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Adiado julgamento de policial militar acusado de homicídio em 2008



Foi adiado o julgamento do policial militar Omar Pereira Bacellar Junior, denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) por suspeita de envolvimento em crime de homicídio qualificado, previsto para acontecer nesta quarta-feira (21/10). O motivo, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ), é de que o réu encontra-se internado no Hospital Central da Polícia Militar no Rio de Janeiro, por suspeita de tuberculose. 

Ainda de acordo com a assessoria não foi marcada uma nova data porque a juíza depende da melhora do estado de saúde do réu. O julgamento seria conduzido pela juíza Raquel Assad, da 1ª Vara Criminal do Fórum Maria Tereza Gusmão, que fez chegou a abrir o plenário para comunicar e dispensar os 25 jurados convocados para o júri.   

Omar é réu no processo da morte Robson Rangel Pessanha Junior, na época com 18 anos - assassinado a tiros no momento em que brincava em um fliperama na Rua General Couto Reis, na noite do dia 31 de outubro de 2008, no Turf Club, em Campos. O processo, que foi desmenbrado, tem ainda outros dois réus, o ex-PM Raleigh Machado Dias e o segurança Edilberto Siqueira Batista Junior, que também aguardam julgamento no Tribunal do Júri, com data ainda não definida. O desmembramento se deu, pois Raleigh e Edilberto não compareceram à audiência de instrução e julgamento, sendo, na ocasião, tomado o interrogatório de Omar e ouvidas outras três testemunhas.

De acordo com informações do processo, na denúncia do MP/RJ, Raleigh e Edilberto efetuaram os disparos contra Robson que estava jogando fliperama. Omar contribuiu para a prática criminosa, conduzindo os outros dois suspeitos até o local do crime em um veículo Golf prata que tinha em seu poder, permanecendo do lado de fora do imóvel e viabilizando a fuga dos atiradores.

O crime teria sido cometido por motivo torpe, uma vez que os denunciados executaram a vítima pelo fato dela ter um vídeo no próprio celular, intitulado “o quê que a droga nos trás”, além de ser, supostamente, usuária de drogas e envolvida com comercialização de tais substâncias. A promotoria entendeu ainda que o delito foi praticado de modo a resultar perigo comum, já que o local era frequentado por crianças, adolescentes e jovens. O crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa de Robson, que foi atingido pelas costas e de surpresa, no momento em que jogava fliperama.

PRISÃO DO RÉU
Em dezembro de 2012 uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual levou a Justiça a indiciar sete policiais militares e um cidadão civil de Campos, em dois casos diferentes, um deles o triplo homicídio do Parque Leopoldina em 19 de setembro de 2010. Os suspeitos foram detidos durante a Operação Fim de Linha.
Segundo os promotores Bruno Gaspar e Rômulo Santos, no triplo homicídio qualificado foram indiciados cinco cabos da PM, Omar Pereira Bacellar Júnior, Leonardo D’Oliveira Mayerhoffer, Douglas Vasconcelos Mendonça, Luís Felipe Gomes de Moura (preso no Rio de Janeiro) e Anderson Gutemberg Lapa da Fonseca. Neste processo, também foi indiciado, por participação no crime o cunhado do Cabo Bacellar, Ivaldo Ferreira dos Santos Júnior, o Gordinho.

De acordo com as investigações do MP/RJ, o alvo do crime era “Gerinho”, já que havia suspeitas, por parte de um dos policiais, de que este fosse integrante do tráfico de drogas.

CONDENACÃO
Omar foi a júri popular em 2014, quando foi condenado a 30 anos de prisão pela prática de triplo homicídio qualificado, registrado na Avenida Alberto Torres, no Parque Leopoldina. As vítimas foram: Michael Barcelos Pereira Cabral, 26 anos; Sandro Rogério Gomes, 28, o Gerinho, e Carlos Augusto Ribeiro Rocha, 27, o Guti. Além de Omar, também foi condenado a 30 anos o então policial militar Leonardo D’Oliveira Mayerhoffer. Na ocasião, a Justiça entendeu ainda que Ivaldo Ferreira dos Santos Junior teve participação no crime, impultando a ele condenação de 24 anos de prisão.

De acordo com a denúncia feita pelo MP/RJ, os militares integravam um grupo de extermínio que atuava na cidade.

 Fonte Ururau

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