quinta-feira, 30 de julho de 2015

Clínica em Seropédica, RJ, tem falta de médicos logo após inauguração


Moradores sofrem com falta de atendimento em Clínica da Família.
Prefeito diz que fará concurso para contratar 80 novos médicos.

Do G1 Rio
Na quarta-feira (29), o RJTV denunciou uma escola desativada em Seropédica, na Baixada Fluminense, que virou um depósito de uniformes escolares novos, além de computadores e outros equipamentos. Nesta quinta (30), a equipe de reportagem revelou que uma Clínica da Família inaugurada com grande festa na segunda (27) no município, mas no dia seguinte já ficou sem atendimento, por falta de médicos.
A produtora Márcia Brasil encontrou uma mulher na porta da unidade na quarta-feira (29) tentando atendimento para a mãe, em vão. “Vim buscar atendimento pra minha mãe. Só que, chegando aqui, eles me informaram que ia ter médico, que eu voltasse 11h. Quando voltei 11h, falaram que não tinha médico, que o médico não ia vir hoje”, disse.
Na manhã desta quinta, ela voltou à unidade. “Vou ver se tem médico porque ontem não teve, minha mãe está passando mal desde segunda-feira. Até pedi para medir a pressão, falaram que não tem como sair daqui”, contou.
Os moradores dizem que só teve médico na segunda-feira, no dia da inauguração, com presença do prefeito Alcir Martinazzo e do governador Luiz Fernando Pezão.
O RJTV foi até a prefeitura para saber porque não tem médico na clínica. Alcir Martinazzo disse que desconhecia o problema e iria tomar “providências cabíveis”. Pouco depois, recebeu informações de um assessor e deu nova explicação.
“Para superar isso, temos um concurso pronto para ser efetivado, para dar mais estabilidade para os próprios médicos e para a população. Vai sair em breve, vai ser o primeiro concurso na área da saúde do município e vai ser efetivado nos próximos dois, três meses”, disse, acrescentando que serão 80 médicos contratados.
O prefeito, que está no cargo há cinco anos, também falou sobre a reportagem sobre pilhas de uniformes, computadores, berços e livros abandonados em uma escola fechada.
“É remanescente de anos anteriores”, explicou. ”Vamos dar um destino”.
O Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil público para investigar a situação.

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