segunda-feira, 29 de junho de 2015

Suspeito de assassinatos no RJ não é doente mental, diz laudo da perícia


Saílson da Graças confessou mais de 40 mortes na Baixada Fluminense.
Prisão preventiva é mantida por mutirão judiciário realizado em junho.

Alba Valéria MendonçaDo G1 Rio
Sailson afirma não se arrepender dos crimes (Foto: Reprodução / TV Globo)Laudo diz que Sailson não tem problemas mentais
(Foto: Reprodução / TV Globo)
O laudo que atesta que Saílson José da Graças, suspeito de uma série de assassinatos na Baixada Fluminense, não é doente mental foi encaminhado à 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. O suposto serial killer, que chegou a confessar 43 homicídios num período de nove anos, também teve a prisão preventiva mantida pelo mutirão judiciário realizado este mês.
Ele está preso pelo assassinato da vizinha Maria de Fátima Miranda, ocorrido dezembro de 2014. Saílson teria matado Fátima, que era amiga de sua companheira Cleusa Balbina de Paula, por causa de uma desavença entre as duas. Cleusa, que também chegou a ser presa, está em liberdade condicional desde março de 2015. Saílson também é suspeito de outros sete homicídios e quatro tentativas de homicídio.
A assessoria do Tribunal de Justiça informou nesta segunda-feira (29), que o laudo de sanidade de mental de Saílson foi juntado ao processo e foi dada ciência às partes, ou seja, para o Ministério Público e a Defensoria Pública. O promotor já teve conhecimento do documento e a Defensoria informou, nesta segunda, que não vai se pronunciar sobre o caso.
Segundo o MP, “a conclusão do laudo pericial deixa claro que Saílson tinha plena consciência do que estava fazendo ao assassinar suas vítimas”. Em geral, o mesmo laudo pericial vale para todos os outros crimes cometidos pelo suspeito. 
Quanto às informações de que Saílson teria dito à perita forense que confessou os crimes porque temia ser agredido pelos policiais, o MP diz que todas as provas obtidas sobre os assassinatos são lícitas, têm valor legal e que a confissão de Saílson feita na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) tem uma riqueza de detalhes, que só quem atuou nos crimes poderia saber.
O promotor informou ainda que, até agora, diante do juiz, Saílson preferiu permanecer calado. O MP tem a convicção de que Saílson cometeu os homicídios dolosos em relação aos quais ele já foi denunciado e buscará a sua condenação no Tribunal do Júri.

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