segunda-feira, 27 de abril de 2015

Famílias recebem notícias de cariocas no Nepal


Cristina Boeckel e Isabela MarinhoDo G1 Rio
Mariana Malagutti Uchôa conseguiu fazer contato com a família no Brasil. (Foto: Reprodução/ TV Globo)Mariana Malagutti Uchôa conseguiu fazer contato com a família no Brasil. (Foto: Reprodução/ TV Globo)
A brasileira Mariana Malaguti Uchôa, de 26 anos, que estava entre os desaparecidos nos tremores de terra que devastaram o Nepal, entrou em contato com a família na madrugada deste domingo (26) por e-mail. Ela estava na cidade de Pokhara no momento dos tremores e, de acordo com a mensagem, passa bem. A informação foi confirmada pela GloboNews.
Em entrevista ao G1, a mãe de Mariana, Cristina Malaguti contou detalhes do contato com a filha. “Ela entrou em contato conosco às 2h deste domingo (26). A Mariana contou que está em Pokhara e que a comunidade onde ela vive não foi muito atingida. Ela disse também que estava abrigada em um lugar seguro”.
Diante dos sucessivos tremores de terra que assolam a região, Cristina ainda não está aliviada sobre a situação da filha. “Eu estava muito nervosa. Na hora que ela entrou em contato, fiquei aliviada. Mas agora a preocupação voltou porque os terremotos continuam. É muita tragédia. E eu acho que, por estar lá, isolada, ela não tem noção da dimensão do que aconteceu”.
Em resposta ao e-mail da filha, Cristina pediu para que a filha saia da área de terremotos. “Eu escrevi para ela contando as notícias que tenho daqui. Eu pedi para ela voltar para o Brasil ou para ir para outro lugar”.
Mariana morava em uma aldeia no Nepal há dois meses. De acordo com a mãe, ela fez amizades na região e se adaptou à rotina do lugar antes dos tremores de terra que atingiram a região.
Em seu perfil em uma rede social, Mariana tranquilizou amigos e familiares. “Estou bem. Estou em uma cidade próxima de Katmandu, mas por aqui o terremoto não causou muitos danos físicos. Hoje é um dia de muita tristeza no Nepal, muitas pessoas morreram na cidade grande, mas estou em uma cidade pequena, com pequenas construções, por isso não houve nada sério! Pude sentir muito forte o tremor aqui, e mais uma vez, pude acreditar e vivenciar a potência da natureza, parece que o tremor pode voltar hoje, mas estou em área de segurança, não tem grandes prédios nem construções”.
Alívio de outras famílias
A família da fisioterapeuta carioca Monique Corrêa Santos, de 32 anos, está "aliviada" após receber notícias de que ela e a amiga Danielle Sulamita Pio, de 33 anos, estão bem. As duas chegaram em Katmandu, capital do Nepal, na sexta-feira (24) e foram para a região do Monte Everest. Desde que receberam notícias sobre o terremoto que devastou parte do país deixando mais de 2.400 mortos, os familiares de Monique estavam desesperados. Mas a Embaixada do Brasil em Katmandu entrou em contato com a mãe da fisioterapeuta, Josete Corrêa.
"Foi angustiante e íamos passar a noite inteira nesta angústia se [a Embaixada] não tivesse entrado em contato. Graças a Deus recebemos a notícia de que elas estão bem agora. A família inteira está aliviada com essa informação", disse Ingrid Ribeiro, cunhada de Monique, ao G1 por telefone.
Danielle (à esquerda) e Monique estão desaparecidas desde a manhã deste sábado (25). (Foto: Reprodução/ Facebook)Danielle (à esquerda) e Monique estão desaparecidas desde a manhã deste sábado (25). (Foto: Reprodução/ Facebook)
De acordo com o Ronaldo Corrêa, irmão de Monique, apesar de terem recebido a informação de que as duas passam bem, elas não conversaram com as famílias diretamente e nem mandaram mensagens. A data do embarque de volta para o Brasil também não foi confirmada.
Angústia
Na tarde de sábado (25), o irmão de Monique, Ronaldo Corrêa, contou havia feito contato com a irmã e a amiga dela momentos antes dos tremores de terra.
“Falamos com elas por e-mail por volta das 9h. Elas disseram que estavam fazendo check out no hotel e indo para a região do Everest por volta das 10h”, conta o Ronaldo.
Ele contou ainda as jovens planejavam ir até o Everest e participar de uma trilha com um grupo de turistas na região.
“Depois do terremoto, não conseguimos mais falar com elas”, contou Ronaldo no sábado.
Monique e Danielle saíram do Brasil no dia 7 de abril em direção à Índia. Na sexta-feira (24), elas decidiram ir para o Nepal  para conhecer o Everest. Ficaram hospedadas no Hotel Pariwar B&B até este sábado, quando informaram à família que estavam deixando o hotel.
“Era uma viagem turística. Elas adoram viajar e gostam de ir para lugares considerados exóticos", contou Ronaldo.
O Itamaraty informou em nota que a Embaixada do Brasil em Katmandu está mobilizada para prestar apoio necessário aos brasileiros no Nepal, e que os já localizados não sofreram ferimentos.  Segundo o Itamaraty, as famílias podem entrar em contato pelo telefone: (61) 8197-2284.
Terremoto
Um forte terremoto de magnitude 7,8 estremeceu neste sábado (25) o Nepal, deixando cerca de 1.800 mil mortos e 5 mil feridos, segundo a agência Reuters.

A força do terremoto foi sentida também em Bangladesh, Índia, China, Paquistão e no Monte Everest, onde uma avalanche provocada pelo abalo deixou pelo menos 17 mortos.

O tremor ocorreu às 3h11 (de Brasília), a 77 km ao noroeste de Katmandu e a 15 km de profundidade. Outras quatro réplicas menores atingiram o país logo após o terremoto mais potente

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