Menor detido estava em escola na hora de crime no ES, diz direção

Mãe alega que filho foi detido injustamente e polícia investiga.
Adolescente é suspeito de morte em Vila Nova de Colares, na Serra.

Do G1 ES, 

com

 informações da TV Gazeta *

Escola diz que menor estava na escola 

no

 momento do crime, 

no

 Espírito Santo (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

A mãe do adolescente de 13 anos, apreendido na terça-feira (23) por suspeita de assassinato em Vila Nova de Colares, na Serra, afirmou, nesta sexta-feira (26), ter uma declaração da escola que comprova que o menor frequentou as aulas normalmente no dia do crime. A escola também enviou um vídeo do circuito de segurança para a polícia. As imagens, segundo a direção, mostram o adolescente saindo da escola às 11h32 e o registro do crime aponta que o crime ocorreu às 11h20. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, as imagens já foram solicitadas pelo delegado responsável pelo caso para análise. A apreensão do garoto motivou protestos de moradores do bairro Vila Nova de Colares nesta semana.

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Para a mãe do adolescente, as imagens e os documentos são provas de que o filho não poderia ser o autor do assassinato que aconteceu no bairro. "Eles falaram que o crime aconteceu por volta de 11h20. E nesse horário ele estava na escola como provam as câmeras e como prova a declaração escolar", disse Iarla Sarmento, mãe do adolescente.

Carimbado e assinado, o documento carregado pela mãe afirma que o menino entrou às 7h na escola Valéria Maria Miranda e só saiu às 11h30. "Isso está acabando com a gente. Não tem paz, nem sossego. Ele é um menino que não sabe nem ir em Laranjeiras sozinho. Até o ano passado, ele ia para a escola com o transporte escolar. Ele não ia sozinho pra escola. A prisão dele foi totalmente errada, ele foi pego na rua, foi levado sozinho para Vitória, sem nenhum adulto. Eles não deixaram a gente ir e nem deixaram a gente entrar. Foi tomado o depoimento dele sozinho", completou a mãe.

Segundo o delegado Marcus Vinicius Rodrigues de Souza, titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida da Serra, responsável pelo caso, uma testemunha ocular do homicídio reconheceu o menor como autor do crime, que foi preso em flagrante. Ainda segundo a polícia, o caso continua sendo investigado e há um outro suspeito de envolvimento no homicídio, e a Polícia Civil trabalha na identificação dele.

A avó do suspeito, Durvalina Maria da Costa, acredita que a polícia agiu com excesso no caso do adolescente. "Ele estava comigo na hora da prisão, eles abordaram ele no muro e deram um chute na perna dele. Só vi ele gritando, saiu mancando, eles jogaram no camburão", contou.

No muro da rua onde aconteceu o crime, há um alerta para quem passa pelo local: "abaixe o farol e tire o capacete, sujeito a bala". Para a polícia, a motivação do assassinato do rapaz foi uma briga de gangues do bairro. A família afirma que o adolescente não possui envolvimento com o tráfico.

Moradores colocaram fogo em pneus durante protesto na Serra (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Protestos
No final da tarde da quinta-feira (25), um grupo de moradores de Vila Nova de Colares começou um protesto na entrada do bairro, na avenida Talma Rodrigues. Eles queimaram pneus e bloquearam completamente o trânsito na via. Por conta disso, linhas de ônibus foram desviadas por dentro de alguns bairros como Laranjeiras II, Colina de Laranjeiras e Portal de Jacaraípe. O trânsito ficou bastante congestionado no local. O protesto terminou por volta das 20h.

Em menos de 12 horas, o grupo voltou a protestar, na manhã desta sexta-feira (26). Eles interditaram novamente a avenida nos dois sentidos, por volta das 8h. O protesto foi encerrado por volta das 9h30 com a chegada do BME. Oficiais conversaram com os manifestantes, que liberaram a via. Uma pessoa foi presa por estar portando um galão de combustível, mas foi ouvida e liberada.

*Com colaboração de Gabriela Ribeti, da TV Gazeta.