quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Mais 2 corpos são encontrados em barco-hotel que naufragou em MS



Três vítimas e barco-hotel foram encontrados após acidente no rio Paraguai.
Onze pessoas continuam desaparecidas, segundo Corpo de Bombeiros.

Tatiane QueirozDo G1 MS, em Porto Murtinho
Lona preta foi colocada às margens do rio durante resgate dos corpos (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)Lona preta foi colocada às margens do rio durante resgate dos corpos (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
Mergulhadores das equipes de resgate encontraram, no início da tarde desta quinta-feira (25), mais dois corpos de vítimas que estavam no barco-hotel que naufragou no rio Paraguai, em Porto Murtinho. Os corpos foram encontrados depois que as equipes de busca localizaram o barco-hotel. Segundo o Corpo de Bombeiros, as vítimas ainda não foram identificadas.
Onze pessoas continuam desaparecidas. A prefeitura municipal disse ao G1 que os cadáveres foram encontrados dentro do barco-hotel, na região onde ocorreu o naufrágio, e foram levados pela Polícia Civil e equipes de perícia. As buscas pelas vítimas começaram logo após o acidente, na tarde de quarta-feira (24), foram suspensas à noite e retomadas às 5h30 desta quinta-feira.
Barco-hotel que naufragou em MS tinha 16 brasileiros e 11 paraguaios (Foto: Reprodução/Tv Morena)Barco-hotel que naufragou no rio Paraguai
(Foto: Reprodução/Tv Morena)
O primeiro corpo a ser encontrado foi do turista Sidinei Romano, 34 anos, segundo a Polícia Civil. Ele era de Sabáudia, cidade do norte do Paraná. Conforme a Marinha Brasileira, o corpo estava sem roupa quando foi resgatado.
O barco-hotel naufragou próximo ao local onde atracaria no Paraguai. Os turistas que estavam a bordo embarcaram na última sexta-feira (19) para turismo de pesca e terminariam o passeio nesta sexta-feira.
Cerca de 50 pessoas ajudam nos trabalhos de resgate em uma ação que envolve Marinha, Exército, Corpo de Bombeiros e policias Civil e Militar. Familiares das vítimas, que são do interior do Paraná, chegaram à Porto Murtinho pela manhã e acompanham os trabalhos de resgate.
Acidente
O naufrágio ocorreu por volta das 17h30 (de MS), quando ventos chegaram a 93 km por hora no município. Segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil, o barco-hotel se chamava “Sonho do Pantanal”.
A embarcação é de nacionalidade paraguaia e levava 16 turistas brasileiros e 11 tripulantes paraguaios. Cinco turistas e oito tripulantes se salvaram.
Este é o segundo naufrágio em dois dias no rio Paraguai em Mato Grosso do Sul. Na terça-feira (23), uma embarcação da Armada Oficial Boliviana naufragou 
com
 29 pessoas a bordo. Duas morreram.
Tornado
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é possível que um tornado tenha atingido Porto Murtinho, a 443 quilômetros de Campo Grande, na quarta-feira (24), provocando estragos.
A meteorologista Neide Oliveira, do Inmet, disse ao G1 que não pode confirmar a passagem do tornado pela cidade porque precisaria avaliar os danos causados pelo fenômeno, mas não descarta a possibilidade.
Bombeiros fazem buscas pelo Rio Paraguai (Foto: Givanilson Sanabria/ Arquivo Pessoal)Bombeiros fazem buscas pelo Rio Paraguai
(Foto: Givanilson Sanabria/ Arquivo Pessoal)
"Não se pode falar que é tornado simplesmente pela velocidade. Era uma área de instabilidade forte e a região, a cidade, estava com temperaturas muito altas, havia transporte de umidade da Amazônia e mais a frente fria que estava no Paraguai e sul do Brasil, juntou tudo isso e intensificou esse sistema e não se descarta essa possibilidade de tornado", afirmou.
Ainda conforme Neide, o tornado ocorre em um espaço pequeno, se desloca por uma área e só causa danos por onde passa. "Pelo que 
eu
 vi foi em todo o município. É uma nuvem que forma um funil, ela vai descendo em forma de funil e a pressão no funil é muito baixa, por isso há sucção", ressaltou.
A especialista afirmou ainda que o mesmo sistema que atuou em Mato Grosso do Sul também atingiu o oeste de São Paulo, mas com ventos em menor velocidade. "Então para afirmar que foi um tornado precisava analisar a imagem [do fenômeno]", concluiu.
Prejuízos
Durante a tempestade foram registradas também quedas de árvores e destelhamento de casas, segundo os bombeiros. O prefeito do município Heitor Miranda disse ao G1 que a Defesa Civil, bombeiros, Marinha, Exército e Assistência Social estão fazendo um levantamento dos danos causados.
Corpo de Bombeiros estão em busca dos desaparecidos (Foto: Givanilson Sanabria/ Arquivo Pessoal)Corpo de Bombeiros estão em busca dos desaparecidos (Foto: Givanilson Sanabria/ Arquivo Pessoal)

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