sábado, 30 de agosto de 2014

Presa em São Paulo cuidadora acusada de jogar água fervendo em idosa


'Gigi' estava foragida desde o crime, em 25 de junho do ano passado, na localidade de Santa Cruz
 Reprodução

'Gigi' estava foragida desde o crime, em 25 de junho do ano passado, na localidade de Santa Cruz

Foragida da justiça há mais de um ano por homicídio cometido contra a idosa, Maria Rangel Rodrigues, 86 anos, a cuidadora Kati Giane Rodrigues Simão, mais conhecida como Gigi, foi presa no último dia 19, na cidade de São Paulo.
O crime, que chocou a população, ocorreu no dia 25 de junho de 2013, na localidade de Santa Cruz, em Campos, após a acusada jogar água fervendo na anciã. A vítima, que era cadeirante, foi encontrada em casa por uma filha, com o rosto e a cabeça queimados. Após 12 dias internada na Unidade de Pacientes Graves (UPG) do Hospital Ferreira Machado (HFM), a idosa não resistiu e morreu na madrugada do dia 13 de julho.
De acordo com a Polícia Civil da 134ª Delegacia Legal de Campos, Gigi foi reconhecida através de uma fotografia do Disque Denúncia. Ela estaria em um cortiço na Rua dos Gusmões, na Praça da Sé no centro da capital paulista, quando foi presa pelos policiais.
A cuidadora, que também tem um mandado de prisão por tortura, foi encaminhada à Polinter de São Paulo e se encontra a disposição da Justiça. De acordo com as informações na 134ª, cabe ao Poder Judiciário a transferida ou não para a capital fluminense, e posteriormente para Campos, onde o crime foi cometido.
“A delegacia de São Paulo nos comunicou por telefone sobre a prisão da Gigi. A denúncia era de que ela estava andando pelas proximidades da Praça da Sé. Populares que a identificaram através da imagem fornecida pelo Disque Denúncia a viram e entraram em contato com a Polícia. Ela poderá ou não ser transferida para o Rio. Se for, o juiz marcará a audiência e irá oficiar o sistema do Seap [Secretaria de Estado de Administração Penitenciária] para transferência da acusada ao Presídio Feminino de Campos”, esclareceu o agente civil.
ACUSADA DIZ QUE NÃO 'FUGIU'
Ao ser presa Gigi afirmou que não sabia da morte de Maria Rangel. Ela também alegou que as queimaduras foram causadas por água do chuveiro.
Segundo ela, a instalação de água era distante do banheiro e que às vezes a água ficava muito quente. Ela também disse que as queimaduras pareciam que a idosa “havia tomado um banho de sol forte”.
Na delegacia, Kati Giane também mencionou que não fugiu e que foi dispensada. “Eu fiquei chocada quando me falaram que eu estava sendo acusada de um monte de coisas, que estava sendo procurada. Eu nunca fui presa por nada, eu não tenho vício nenhum, eu sou trabalhadora”, defende-se Gigi.
RELEMBRE O CASO
Em conversa com o Site Ururau na época do crime, o filho da vítima, Pedro Carlos Rodrigues disse que há seis anos a mãe esteve em cima de uma cadeira de rodas, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
“Ela tinha uma cuidadora que estava com ela há cinco anos, esta outra mulher que suspeitamos que tenha jogado a água quente cuidava dela esporadicamente quando um filho não podia ficar com mamãe. Então pagava ela para ficar durante um final de semana”, contou na ocasião.
Pedro disse ainda que Maria Rangel fazia uso de medicamentos para controlar a pressão arterial e o Alzheimer. “Tenho um irmão que era tutor dela, levava constantemente ao médico. Sempre estávamos juntos, nós íamos a casa dela para monitorar se estava tudo bem”, ressaltou.
Com o ocorrido, a idosa foi levada pelos filhos para o HFM, onde permaneceu internada respirando com ajuda de aparelhos, até a data de seu falecimento.
“Sentimos revolta com o que aconteceu. Não acreditávamos que ela ia cometer um ato como esse. Minha irmã chegou a casa e encontrou mamãe com o rosto muito vermelho, perguntou a Gigi o que tinha acontecido e ela disse que ela havia queimado o rosto tomando banho no chuveiro, depois disse que sem querer teria derramado água na cabeça da minha mãe. No momento que fazíamos o socorro, ela sumiu!", comentou Pedro Carlos na oportunidade.
Na época, a família acreditou que a cuidadora tinha fugido para o Rio Grande do Sul, onde nasceu, pois a mesma teria comentado com vizinhos que iria voltar para sua cidade de origem.
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Fonte: URURAU

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