Agressora foi até o Conselho Tutelar após perder a guarda do filho.
Vítima levou um soco ao tentar impedir a entrada da mulher em uma sala.
Uma conselheira tutelar foi agredida por uma mulher, no final da manhã desta quarta-feira (27), dentro do Conselho Tutelar da região de Paul, em Vila Velha, no Espírito Santo. Segundo a presidente do Conselho, Eudes Vianna, a agressora foi até o local após ter a guarda do filho retirada pela Justiça. Além de agredir a conselheira, a mãe quebrou um computador. A polícia foi acionada, mas, segundo funcionários do Conselho, até as 15h20, nenhum policial tinha aparecido no local. Sobre o caso, a Polícia Militar informou que foi ao local às 12h05, quando a situação já havia acontecido, e fez buscas pela agressora na região. A Secretaria de Assistência Social disse que dentros dos próximos meses os Conselhos Tutelares vão funcionar em outros locais, com a presença de vigilantes.
Segundo Eudes, a criança, de apenas seis meses de idade, foi retirada da mãe em junho deste ano, porque ela é usuária de drogas. A vítima, que não quis ser identificada, contou que a mulher foi até o Conselho à procura da funcionária que esteve na casa dela para cumprir a ordem judicial.
A conselheira foi agredida ao tentar impedir a entrada da mulher em uma sala. “Ela chegou, era mais ou menos 12h, gritando que queria o filho dela. Eu e outro administrativo ficamos na porta impedindo que ela passasse. Nós imaginávamos que ela estivesse tranquila, calma, porque nós conversamos, falamos que a criança não estaria aqui, de repente ela deu um soco no computador e dois socos no meu peito”, disse.
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A agressora foi contida pelos próprios funcionários e foi embora do local. A presidente do Conselho Tutelar contou, ainda, que os conselheiros convivem diariamente com a insegurança e o medo. “A gente já vem pedindo presença de vigilante armado aqui, rondas da Guarda Municipal, mas não acontece. Nós temos casos de plantão noturno em que a gente é recebido com balas, a gente é escoltado com arma pelos criminosos até o local onde vai fazer a reintegração da criança. É uma série de fatores que o Conselho Tutelar vive em situação de insegurança”, disse.
A vítima registrou um boletim de ocorrência contra a agressora no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de São Torquato, em Vila Velha.
Sobre o atraso da Polícia Militar alegado pelos funcionários do Conselho Tutelar, a PM informou que o Centro Integrado de Operações e de Defesa Social (Ciodes) foi acionado às 11h47 por populares, que afirmaram ter uma mulher bastante alterada e sob efeitos de bebidas alcoólicas no Conselho Tutelar de Paul. A Polícia Militar chegou ao local às 12h05, quando a agressão já havia acontecido, e saiu em buscas da agressora pelas redondezas.
Por meio de nota, a Prefeitura de Vila Velha informou que nas próximas semanas será publicado um edital de chamamento público para aluguel de novos imóveis que abrigarão os Conselhos Tutelares de Vila Velha. A previsão é que dentro de quatro meses os Conselhos Tutelares já estejam funcionando em novo endereço e contando com a presença de vigilantes em cada órgão. A prefeitura também alegou que a Guarda Municipal tem feito rondas constantes nos Conselhos e também auxiliado frequentemente nas operações do órgão de acordo com as demandas.
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