terça-feira, 24 de junho de 2014

ENCONTRADA A FACA QUE PODE TER A USADA PARA MATAR MULHER EM TRAVESSÃO DE CAMPOS


Objeto estava na laje de uma igreja na mesma rua onde o crime aconteceu
 Marcelo Esqueff/Carlos Grevi

Objeto estava na laje de uma igreja na mesma rua onde o crime aconteceu

Uma faca suja de sangue, que pode ter sido usada por Bruno de Almeida Cordeiro, 28 anos para matar a cozinheira Irani Tavares Carvalho,53, nesta segunda-feira (23/06), no Parque Amendoeiras, em Travessão, foi encontrada na tarde desta terça (24/06) a poucos metros de distância do local do crime. O objeto foi encaminhado para 146ª Delegacia Legal de Guarus e será submetido à perícia.
Segundo informações de policiais do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) de Travessão, por volta das 15h, um homem telefonou para o posto policial informando que a faca estaria na laje de uma igreja na Rua Projetada A, mesmo local onde o crime aconteceu.
Após o comunicado, o homem procedeu com a faca até o DPO, na condição de que não fosse identificado. A igreja fica nos fundos da casa da vítima e a polícia acredita que tenha sido dispensada durante a fuga de assassino. O suspeito, que era ex-genro da cozinheira, foi detido minutos depois do crime, no Km 14. Ele estava escondido em uma casa de bomba elétrica.
Bruno foi transferido para a Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro na manhã desta terça-feira.
DELEGADO FALA SOBRE O CRIME
Após o homicídio que chocou a população do distrito de Travessão de Campos, o delegado titular da 146ª Delegacia Legal de Guarus, Carlos Augusto da Silva, comentou que o crime foi premeditado. Ele ainda informou que o caso foi esclarecido com a confissão do assassino, e que o mesmo já teria ameaçado a família da vítima tempos atrás.
De acordo com o delegado, o relacionamento entre Bruno e a filha de Irani, C.T.C., 31 anos, era em meio a muitas brigas e com constantes idas e vindas. Carlos Augusto ainda informou que durante o tempo de casados, o comerciante teria pedido e convencido a esposa para que sua mãe lhe desse um empréstimo no valor de R$ 20 mil, quantia essa, que segundo a confissão do homicida, teria sido o motivo para o qual praticara o crime.
“Durante as oitivas, o Bruno demonstrou bastante frieza e uma pessoa muito dissimulada. Ele também contou que foi o mandante intelectual do assalto ocorrido há 20 dias na casa da vítima. Sobre o caso, ele disse que conheceu dois criminosos e que combinou com eles o assalto à residência deIrani. Ele também pediu aos capangas que preservassem, somente, a vida da ex-companheira e que poderiam fazer o que bem entendessem com a ex-sogra”, relatou o delegado.
Carlos Augusto mencionou que Bruno tentou por diversas vezes atrapalhar a investigação da Polícia Civil, contando várias versões diferentes para o crime. “Ele é bastante inteligente e contou histórias diferentes para nós. Mas, a prova crucial que tivemos foi um telefonema do próprio Bruno para a ex-mulher, minutos antes do crime, marcando um encontro com a mesma e dizendo que iria pagar parte da dívida. Ele [o assassino] ainda pediu a ex-mulher para que mandasse a mãe, que estava com ela no Centro, para casa e perguntou se o irmão dela, o jovem L.T.C., 26 anos, estava no trabalho. Ela respondeu que sim e ele prosseguiu com o plano. Então não restam dúvidas que ele premeditou tudo”, frisou o delegado acrescentando que falta somente juntar as peças técnicas e a análise da necropsia para que o comerciante seja posto a júri popular.
Bruno irá responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e que impossibilitou a defesa da vítima, além do crime do assalto, onde o mesmo confessou ter sido o mandante intelectual. De acordo com o delegado, se for condenado, ele poderá pegar mais 30 anos de prisão.
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Fonte: URURAU

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