sexta-feira, 28 de março de 2014

APARABÉNS CAMPOS DOS GOYTACAZES PELO SEU ANIVERSÁRIO DE EMANCIPAÇÃO POLITICA E ADIMINSTRATIVA

São 179, 337 ou 387 anos? Afinal há quanto tempo Campos existe?

Em 28 de março de 1835 a Vila começava a crescer e se tornava cidade
 Ururau

Em 28 de março de 1835 a Vila começava a crescer e se tornava cidade

No dia 28 de Março do ano de 1835 (há 179 anos) era elevada à categoria de Cidade a Vila de São Salvador (Campos). Antes de  comemorarmos é importante entendermos um pouco mais sobre a história da cidade, que vem bem antes deste período.
As terras dos índios goitacases começaram a ser colonizadas pelos portugueses em 1627, com a chegada dos "sete capitães". Pertenceu à capitania de São Tomé e se tornou, cinquenta anos depois, no dia 29 de maio, a vila de São Salvador dos Campos. Foi elevada à categoria de cidade em 28 de março de 1835.
A Carta de Lei, elevando a Vila de São Salvador de Campos à categoria de Cidade dizia:
“Joaquim José Rodrigues Torres, Presidente da Província do Rio de Janeiro – Faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembléia Legislativa Provincial Decretou, e Eu Sancionei a Lei seguinte: Art. 1º - A Vila Real da Praia Grande, Capital da Província do Rio de Janeiro e elevada a categoria de Cidade, com a denominação de Niterói; Art. 2º - Ficam igualmente elevadas a mesma categoria a Vila de São Salvador dos Campos, com a denominação de Cidade de Campos dos Goytacazes e a Vila da Ilha Grande com o nome de Angra dos Reis.
Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e a execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteira como nela se contém. O Secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr.
Dado no Palácio do Governo da Província do Rio de Janeiro aos vinte e oito dias do mês de março do ano de mil oitocentos e trinta e cinco, décimo quarto da Independência, e do Império. – Joaquim José Rodrigues Torres”.
A então elevada CIDADE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES tinha aproximadamente uma dúzia de ruas estreitas e tortuosas e seis travessas, quase todas sem pavimentação, com grande quantidade de atoleiros, e praticamente sem nenhuma iluminação pública, sendo esta feita por 74 lampiões de azeite de peixe, com alguns solares espalhados pelo Centro e arredores, pertencentes aos ricaços barões e fazendeiros. A parte central da Cidade era somente na única praça, a Praça Principal da Constituição e por quatro largos.
Nesta Praça da Constituição existiam como edifícios principais a Igreja da Matriz; a Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens; a Santa Casa de Misericórdia de Campos; a Cadeia (que também era o Paço Municipal e o Fórum); em frente à praça ficava o Porto da Cadeia, e nesta época a Praça não tinha calçamento, tendo esta solicitação sido feita em dezembro de 1839, pelo Vereador José Fernandes Pereira, dizendo que havia dificuldade para o trânsito devido a grande quantidade de atoleiros. Porém este calçamento só se realizou tempos depois. Uma coisa ninguém pode negar. O orgulho de ser Campista e de defender o nome desta terra ainda persiste em várias pessoas que querem bem a esta Cidade de Campos dos Goytacazes, e lutam para preservar sua história de um passado de glórias.
A história de Campos dos Goytacazes pode ser contada desde meados do século XVI, quando Dom João III doou a Pero Góis da Silveira a capitania de São Tomé, cujo nome, posteriormente, passou a Paraíba do Sul. Com a chegada dos portugueses à região, começou a luta com grupos indígenas da etnia goitacá, porém, não se desenvolveu um processo ocupacional. Em 1627, por ordem da Coroa Portuguesa, a Capitania de São Tomé foi dividida em glebas, doadas a sete capitães portugueses, alguns deles donos de engenho na região da Guanabara, efetivando a ocupação.
Em 1650, foi implantado o primeiro engenho em solo campista. Visconde d'Asseca funda a Vila de São Salvador dos Campos dos Goytacazes, em conseqüência da construção de uma capela em louvor ao SS. Salvador, em 29 de maio de 1677.
 
Em 1833, foi criada a Comarca de Campos e, em 28 de março de 1835, a Villa foi elevada à categoria de Cidade com o nome de Campos dos Goytacazes, dando início ao progresso na região.
 
Portanto além de 179 anos de elevação a cidade no dia 28 de março, de 337 anos de elevação a Vila no dia 29 de maio, Campos começou a ser colonizada 50 anos antes, em 1627.
 
Resumindo:
*28 de março (179 anos de elevação a cidade)
*29 de maio (337 anos de fundação da Vila de São Salvador dos Campos dos Goytacazes)
*Campos já tem 387 anos desde o início da ocupação dos portugueses.
 
Agora sim, comemoremos sabendo o quê, nesta sexta-feira (28/03).
OBS: No mesmo dia (28 de março) e cem anos depois (1935), em que Campos virou cidade, foi inaugurado o Conservatório de Música de Campos.


DETALHES DA HISTÓRIA

A história do município teve início quando as terras dos índios goitacás Guarulhos e Puris começaram a ser colonizadas pelos portugueses no ano de 1627, com a chegada dos "Sete Capitães". Naquela época, predominava a pecuária, que atendia o mercado do Rio de Janeiro.
Durante a segunda metade do século XVII e a primeira do século XVIII, a região foi sacudida por violentos conflitos pela posse da terra, entre os herdeiros. Pertenceu à capitania de São Tomé e se tornou, cinqüenta anos depois, no dia 29 de maio, a Vila de São Salvador dos Campos, que foi elevada à categoria de Cidade em 28 de março de 1835.
Importantes fatos históricos se deram na cidade, entre eles a partida dos primeiros voluntários para a Guerra do Paraguai, em 28 de janeiro de 1865, pelo vapor "Ceres". Outro momento importante foi o movimento do abolicionismo, que teve seu ponto alto em 17 de julho de 1881, com a fundação da Sociedade Campista Emancipadora, que propagava a luta pela emancipação dos negros.
O jornalista Luis Carlos de Lacerda e José Carlos do Patrocínio, cognominado de o "Tigre da Abolição" foram os maiores expoentes da causa. Porém, Campos foi a última cidade brasileira a aderir a abolição da escravidão. As visitas do imperador D. Pedro II e a luta republicana foram outros marcos da história da cidade.
O surgimento em 1862 da agroindústria açucareira, com a instalação do primeiro engenho em Campos, atualmente menos promissor, dava início ao progresso da região. A primeira usina, construída em 1879, chamou-se Usina Central do Limão. O petróleo foi oficialmente descoberto no Farol de São Tomé, reativando o desenvolvimento da região.
No ano de 1883 D. Pedro II inaugurou na cidade o primeiro serviço público municipal de iluminação, tornando Campos dos Goytacazes à primeira cidade do Brasil e da América Latina a receber iluminação pública elétrica, através de uma termelétrica a vapor acionadora de três dínamos com potência de 52 KW, fornecendo energia para 39 lâmpadas de 2000 velas cada.
Atualmente, Campos dos Goytacazes é o Município litorâneo mais populoso do Brasil, com mais de 500 mil habitantes e o maior Município fluminense em extensão territorial, com área de 4.040,6 quilômetros quadrados. O mar de Campos detém as maiores reservas de gás natural e petróleo do País.
Atualmente, a cidade conta com diversos atrativos e vem se desenvolvendo em diversos setores, como cerâmica, couro, palha e madeira, que são materiais de destaque no artesanato da cidade. Na culinária, além da cachaça e da gaoiabada cascão, o suspiro e o chuvisco são famosos em toda a região.
Vale destacar também a fundação da primeira sala de cinema de Campos construída pelo Sr. Alamir, conhecida como Cine São José, sendo o prédio trazido da Europa pedra por pedra e reconstruído na cidade, e tendo como primeira exibição o filme Marcelino Pão e Vinho.
Alem disso a cidade possui prédios históricos que mostram claramente a sua tradição cultural , como o Palácio da Cultura, que abriga a Biblioteca Pública Municipal, o Museu de Campos dos Goytacazes, que encontra-se em reforma, o Museu Olavo Cardoso e a Casa de Cultura Villa Maria.
O PETRÓLEO
A Petrobras possui 39 campos de petróleo na Bacia de Campos, que garantem mais de 80% da produção nacional. Esses campos, batizados com nomes de peixes da costa fluminense, contêm reservas de óleo equivalente da ordem de 9,7 bilhões de barris. Eles se espalham por uma área de 115 mil quilômetros quadrados, em profundidade d`água de até 3.400 metros.

Fonte: URURAU

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