sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

MORADORES DE QUILOMBO,RELA E DORES PAGAM R$ 5 REAIS PARA ATRAVESSAR RJ-180


Trecho da rodovia está alagado desde o início das chuvas, em novembro
 Daniela Abreu

Trecho da rodovia está alagado desde o início das chuvas, em novembro

Desde o início da temporada de chuvas, em novembro, a população das localidades de Quilombo, Rela e Dores de Macabu estão sofrendo com as águas que se acumularam às margens da RJ-180, e em diversos trechos, tomaram a pista comprometendo o direito de ir e vir dos cidadãos locais.
Morador de Dores, Aulio Bittar de Araújo contou que o problema é antigo e todos os anos ocorre assim que se inicia um período de chuvas intensas. Segundo ele, o problema é causado pela cheia do Rio da Prata, que nasce no distrito de Serrinha.
O curso do Rio teria sido alterado com a construção da RJ. Além disso, segundo ele, o solo do local é formado por uma camada de cerca de 30 metros de turfa, um material formado pela decomposição de vegetais ao logo dos anos e comum em terrenos alagadiços. Ele contou que na época da construção da estrada, as equipes teriam preparado o terreno pra receber o asfalto e no dia seguinte, uma chuva que teria caído à noite, já teria causado o afundamento do trecho que teve que ser refeito.
Já com asfalto, ao logo dos anos o terreno foi afundando novamente e causando uma depressão na pista. Neste ponto, a água do Rio da Prata que passa por baixo da linha férrea e da pista para então seguir seu curso até a Lagoa Feia extravasa pela margem da rodovia e a atravessa em um trecho de cerca de 30 metros, formando um verdadeiro rio no local.
Sem outra alternativa, moradores das três localidades após a área alagada se veem obrigados a pagar R$ 5 para atravessar o trecho em uma prancha puxada por um trator e chegar ao Centro de Campos.
Edilse Coutinho mora no Parque Imperial, em Campos e teve que passar pelo trecho quatro vezes para os preparativos do Natal, que passou com a mãe, em Dores de Macabu.
Ramon Barreto trabalha auxiliando no embarque dos carros para a travessia e contou que o trabalho foi interrompido por algumas semanas, depois que a água no local baixou, mas foram retomados na última segunda-feira (23/12), quando o trecho voltou a alagar.
“Vamos ficar aqui até a água secar, mas abriram uma comporta em Cerejeira e ficamos sabendo que um fazendeiro fechou um dique antes da Lagoa Feia então eu acho que pode demorarar a secar dessa vez”, contou o rapaz. O serviço é oferecido até as 22h. Depois disso não passa mais nada, nem mesmo ambulâncias ou carros da polícia, exceto se forem veículos altos.
O diretor da divisão do Departamento de Estradas de Rodagem em Campos, Ivan do Amaral, confirmou o relato do morador da localidade, Aulio Bittar e revelou que o projeto de recuperação da RJ-180 já está pronto e que o edital foi lançado, no entanto estaria travado no Tribunal de Contas do Estado.
“Assim que tivermos essa liberação a obra será iniciada imediatamente”, disse Ivan que acrescentou ainda que além desta rodovia, a RJ-178 estaria obstruída no trecho da ponte sobre o Rio Macabuzinho, trecho na divisa entre os municípios de Campos e Quissamã.
Ivan revelou também que já foi iniciada a reforma dos trechos mais emergenciais da RJ-238, conhecida como Estradas dos Ceramistas. A obra já teria começado e devem ser retomadas no próximo dia 03 de janeiro. Além disso, a RJ 216, que liga Campos a Farol de São Tomé também deve ser recuperada no trecho de Goitacazes, até a praia campista.

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 Daniela Abreu
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Fonte: DANIELA ABREU

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