Ururau
Flagrante foi feito pela equipe do Site Ururau, que esteve no local
No final de janeiro deste ano, a Polícia Militar, juntamente com a Prefeitura, através da Secretaria de Limpeza Pública, Praças e Jardins realizou uma operação em várias comunidades de Campos, visando a retirada de barricadas colocadas pelo tráfico de drogas, a fim de dificultar o patrulhamento dos agentes militares nos locais.
Quase oito meses se passaram e mais barreiras foram constatadas, dessa vez nos acessos de algumas ruas das comunidades do Sapo I e II, nos Parques Eldorado e Santa Rosa. O flagrante foi feito pela equipe do Site Ururau, que esteve no local na manhã de quarta-feira (25/09).
Além dos entulhos nas vias, era possível observar as áreas onde os “olheiros” (vigias) do tráfico costumam observar os supostos “inimigos” locais, além da presença da Polícia Militar. Os espaços onde drogas e materiais para endolação ficam escondidos também são vigiados por eles.
As informações repassadas no local, são de que
além de impedir a passagem da PM, as barragens teriam sido construídas, porque traficantes do Sapo II e dos Conjuntos Habitacionais do Santa Rosa, que seriam
comandados pelo Terceiro Comando Puro (TCP) estariam invadindo os locais com veículos de grande porte, como pick up, e com armamento pesado. As barreiras foram colocadas há cerca de três meses.
comandados pelo Terceiro Comando Puro (TCP) estariam invadindo os locais com veículos de grande porte, como pick up, e com armamento pesado. As barreiras foram colocadas há cerca de três meses.
Ainda segundo informações, haveria a existência de uma suposta guerra entre as comunidades. Além disso, traficantes do Sapo I estariam há um quilômetro de distância de alcançarem o ponto de vigilância do Sapo II. Dessa forma, para tomar totalmente o tráfico de drogas do Sapo II, os traficantes do Sapo I, cuja facção predominante é a dos Amigos dos Amigos (ADA), teriam que invadir até a comunidade da Terra Prometida.
Populares não quiseram gravar entrevista. Mas, um se arriscou e disse: “Tenho dois filhos pequenos, minha esposa está grávida e estou louco para sair daqui. Quero ir embora, só assim vou conseguir segurança para minha família”, relatou um morador que preferiu não ser identificadose identificar.
Além das barricadas, as áreas que abrangem o bairro têm sido palco de inúmeros crimes como: homicídios e tentativas de homicídio, porte ilegal de armas, entre outros delitos.
ENTENDA A GUERRA ENTRE AS FACÇÕES
COMUNIDADE DO SAPO I
Nas casas populares, no final da Rua Conceição de Macabu, existe um terreno onde, possivelmente, os traficantes guardam drogas e armas. Um pouco depois da entrada das casinhas, é possível observar várias pichações com a sigla predominante na área, a ADA. O nome da facção foi colocado em uma parede de esquina na Rua João Pinto Carvalho.
Ao lado direito da primeira lagoa (conhecida como Lagoa do Sapo I) existe um caminho de estrada de terra que dá acesso à comunidade do Sapo II. Segundo informações, esse seria o local estratégico dos traficantes, pois é através desse ponto que os mesmos, possivelmente, ficam de campana observando a movimentação da outra facção (TCP).
Descendo por essa rua, a equipe do Ururau se deparou com a Rua Soldado Salvador Rosa que teve seus três pontos de acesso interrompidos por barricadas. Os obstáculos foram construídos com troncos e galhos de árvores, pneus de carro, tijolos e móveis velhos. As Ruas Salvador Filho, Genaro Bastos e H também estão interrompidas por barreiras.
COMUNIDADE DO SAPO II
Informações repassadas ao Ururau é de que as comunidades foram divididas por duas lagoas. Após a Lagoa do Sapo II, a equipe de reportagem observou, em paredes e postes, as pichações com a sigla TCP. A central de vigilância dos traficantes do Sapo II e a fronteira entre as duas facções, ficam no final da Rua 3, no sentido sudeste. É, possivelmente, neste ponto que os bandidos da comunidade do Sapo II vigiam os traficantes da primeira comunidade.
O Site Ururau entrou em contato com o comando do 8° Batalhão da Polícia Militar (BPM), para informar sobre essa situação que vem gerando medo e preocupação na população, que em nota respondeu:
As recentes ações delituosas ocorridas no bairro mencionado estão relacionadas ao tráfico de drogas. Estamos realizando Operações de Inteligência para a identificação desses criminosos em auxílio ao trabalho investigativo da Polícia Civil. Aumentando nossa ostensividade, com a intensificação de patrulhamento nessa área, bem como as operações policiais. Contamos com o auxílio dos moradores dessas comunidades com informações, através do Disque-Denúncia (2723-1177).
No que concerne a eventuais obstáculos existentes, estamos oficiando ao poder público do município para em operação conjunta providenciar sua retirada no menor prazo possível.
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