quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CONSUMO DE ÁLCOOL ESTA RELACIONADO A 21% DOS ACIDENTES


Consumo de álcool está relacionado a 21% dos acidentes, diz estudo

Uma em cada cinco vítimas do trânsito atendidas pelo SUS estava sob efeito de álcool
 Vagner Basilio - Estagiário / Carlos Grevi

Uma em cada cinco vítimas do trânsito atendidas pelo SUS estava sob efeito de álcool

Levantamento do Ministério da Saúde mostra que uma em cada cinco vítimas de acidente de trânsito atendidas nos prontos-socorros do país estava sob efeito de bebida alcoólica. A pesquisa, cujos dados são referentes a 2011, aponta ainda que as pessoas alcoolizadas estão mais sujeitas a hospitalização e a morte em decorrência do acidente. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (19/02) pelo ministro Alexandre Padilha. 
O estudo também concluiu que 49% das vítimas de agressões haviam consumido álcool quando foram agredidas. Para o ministério, isso mostra que a ingestão de álcool não está relacionada só ao agressor. As principais vítimas são homens com idade entre 20 e 39 anos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acentuou que 58,3% das vítimas de violência do Distrito Federal haviam consumido álcool, a maior proporção do país.
Segundo o levantamento, 22,3% dos condutores, 21,4% dos pedestres e 17,7% dos passageiros envolvidos em acidentes tinham sinais de embriaguez ou confirmaram o consumo de álcool. As maiores vítimas de acidentes também estão entre 20 e 39 anos de idade.
A pesquisa também mostra que 54% dos homens que sofreram violência e 24,9% dos que sofreram acidente de trânsito estavam alcoolizados, enquanto entre as mulheres os números foram, respectivamente, 31,5% e 10,2%.
Padilha acentuou que 40% das vítimas de acidente de trânsito e 28% das vítimas de violência têm de 9 a 11 anos de escolaridade. “A imagem de que a vítima de violência associada ao álcool é algo presente apenas em população de baixa renda e com baixa escolaridade não se sustenta com esses dados”, disse.
Para o ministro, o resultado traz informações novas sobre as consequências que as mortes associadas ao álcool trazem ao país. “Estamos perdendo vítimas não só em uma faixa extremamente produtivas, mas também com grau de instrução extremamente qualificado”, explicou.
O estudo, que faz parte do Sistema Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) do Ministério da Saúde, foi feito em 71 hospitais públicos de urgência e emergência em 2011 e mostra que o consumo de álcool tem forte impacto nos atendimentos de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa ouviu 47 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal.
De acordo com o ministro da Saúde, em 2011 foram investidos R$ 200 milhões na internação de vítimas de acidentes de trânsito, “sem contar com reabilitação e com segunda cirurgia, muito frequentes em vítimas de acidentes”.
MAIS RIGIDEZ NA LEI Com as modificações recentes na Lei Seca, que ganhou reforço com a publicação da regulamentação da Resolução 432 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), se o teste do bafômetro apontar marca igual ou superior a 0,05 miligramas de álcool por litro de ar, o motorista será autuado, responderá por infração gravíssima, pagará multa de R$ 1.915,40, terá a carteira de habilitação recolhida, o direito de dirigir suspenso por 12 meses, além da retenção do veículo. Antes, o limite era 0,1 miligrama de álcool por litro de ar. 
Caso o teste aponte concentração igual ou superior a 0,34 miligramas por litro de ar, o ato de dirigir passa a ser considerado crime e o motorista, além de pagar a multa e ter a carteira de motorista apreendida, será encaminhado para a delegacia. Comprovada a embriaguez, o condutor pode ser condenado à detenção de seis meses a três anos. 
A embriaguez pode ser comprovada pelo teste do bafômetro, exames laboratoriais (sangue), vídeos ou testemunhos, de acordo com a resolução. Os policiais deverão preencher um questionário e no documento, marcarão os possíveis sinais de embriaguez que o condutor apresente, como sonolência, olhos vermelhos, vômito, soluços, desordem nas vestes, odor de álcool no hálito, agressividade, exaltação, arrogância, ironia ou dispersão.   

REDAÇÃO / ABR

Nenhum comentário:

Postar um comentário