quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

PUDIM CONFIRMA CAMINHO A ALERJ


Pudim confirma caminho à Alerj e destaca vitória do grupo político

Fotos: Carlos Grevi
Resultados nas eleições municipais criam boas perspectivas para 2014
  
Resultados nas eleições municipais criam boas perspectivas para 2014
mais menos
O ex-deputado federal e atual vice-presidente estadual do Partido da República (PR), Geraldo Pudim concedeu entrevista ao Site Ururau, e nesta, mostra confiança plena ao projeto político do grupo que tem a liderança do presidente estadual da legenda, o deputado federal Anthony Garotinho, e faz um prognóstico: “Garotinho voltará a ser o governador do Estado a partir de 2015, antes de retornar para Brasília, mas aí em outro patamar...”.
Com real possibilidade de assumir a partir de 1º de janeiro próximo uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Pudim faz um balanço dos resultados obtidos pelo grupo nas últimas eleições municipais, destacando que foram positivos e de ascensão. Sobre a cadeira na Alerj, destaca como degrau para o objetivo maior em 2014: “Voltar a Câmara Federal”.
Sobre a administração da prefeita Rosinha Garotinho, Pudim afirma: “Garotinho e os demais prefeitos que essa cidade já teve, que me perdoem, mas Rosinha é disparada a melhor prefeita de todos os tempos, ao ponto, de servir de exemplo para todos os municípios do estado e porque não dizer, do país. Junta todo mundo para perder para ela”.
SITE URURAU – No seu entender a que se deve o resultado da eleição em Campos, e como se deu e por quais razões a sua saída da Secretaria de Governo?
GERALDO PUDIM –
Quando você é governo a sua participação é fazer com o que o próprio governo possa ser a grande marca do processo de reeleição, porque neste momento se é julgado pelo que se fez e não pela perspectiva do que se pode fazer, e esse foi o caso da Rosinha. No período de um ano e meio que fui Secretário de Governo fiz aquilo a que fui orientado a fazer, que foi a parte política do governo, e acho que contribuímos sobremaneira para esse sucesso eleitoral da Rosinha. É importante até deixar claro, que a minha não participação no processo eleitoral aqui de Campos, que teve início nas convenções e se findou no dia da eleição foi por uma questão de trabalho do grupo político, e por ter ido cumprir uma missão a nível estadual, mas aqui contribuí enquanto Secretário de Governo, e até antes, ainda como deputado federal. Vale destacar que acredito que ainda aposto em mais dois anos atuando como deputado federal alinhado com a Prefeita Rosinha (risos...)

SITE URURAU – Mas que prognóstico é esse?
GERALDO PUDIM –
Ainda em Brasília, nos dois primeiros anos de mandato de Rosinha e que coincidiram com os meus dois últimos de deputado; foram 13 audiências com ministros; reestabelecimento de negociação da dívida do município, o que hoje permite uma sequência de realizações da administração da Rosinha; fui eu que apresentei dois mandados de segurança no Supremo na briga dos royalties, enfim, foram inúmeras ações ao ponto da prefeita dizer que nosso gabinete em Brasília, era a extensão da Prefeitura de Campos, e era de fato. Agora o projeto é exercer dignamente o cargo de deputado estadual, caso se confirme essa condição e assim planejar o projeto 2014, que é de retornar ao Congresso Nacional, e desta forma, em 2015 e 2016 estaríamos novamente atuando em parceria.

SITE URURAU – Como avalia seu desempenho como Secretário de Governo?
GERALDO PUDIM –
Como seu Secretário de Governo, destaco a criação do Comudes, implementado como forma de trazer a sociedade civil para discutir o crescimento de Campos de uma forma sustentável. Outro destaque foi a ampliação da base governista na Câmara de Vereadores, que era muito apertada e nós tivemos um papel importante para alargar essa base que chegou a 13 de 17. Já com os meios de comunicação uma linha de diálogo fazendo uma interface eliminando uma distância que existia com alguns canais que eram ditos de oposição. E a nova sede da secretaria, dinâmica, moderna, oferecendo as melhores condições para a realização de diversos trabalhos. Assim, no momento que se vai para o processo político, fui convocado para suprir uma deficiência de quadro no Rio de Janeiro, para auxiliar o Garotinho, o grande condutor de todo esse processo.

SITE URURAU – As eleições municipais tiveram resultados satisfatórios?
GERALDO PUDIM –
Terminamos com o processo eleitoral com 29 prefeituras, de 92, entre os prefeitos do Partido da República e os prefeitos com quem foram feitas alianças partidárias. É bom deixar claro que não deixamos o processo diretamente em Campos por qualquer outro motivo que possam querer emplacar. Repito, fui cumprir uma missão, mais do que isso, um projeto de fortalecimento do grupo vislumbrando o retorno do Garotinho ao Governo do Estado, e acho que contribuí bastante.

SITE URURAU – Dá para dizer que foi um primeiro e largo passo visando a eleição 2014?
GERALDO PUDIM –
Meu projeto e que é de conhecimento e que tem o aval do Garotinho é o retorno ao Congresso Nacional em 2014. Esse é nosso projeto. Inclusive há o reconhecimento de que foi um erro eu não ter sido candidato à reeleição de deputado federal em 2010. Hoje há um entendimento da necessidade de uma depuração, um acerto maior nas escolhas dos nomes, sendo mais qualitativos do que quantitativos. O que adianta eleger uma quantidade grande de deputados estaduais e federais, se no primeiro momento se afastam do partido e deixam o grupo sem esse apoio? Tivemos a saída de Lilian Sá, do Paulo César (federais), de vários deputados estaduais, o que demonstra quantidade e não qualidade. Mesmo o Garotinho tendo sido candidato, e por sinal, o deputado federal mais votado em todos os tempos no estado do Rio, além de Paulo Feijó eu também poderia ter vindo, mas a vida é feita de erros e acertos. Com quantidade de votos que fiz para estadual estaria eleito federal.

SITE URURAU – Você em momento algum aceitou a discussão sobre seu nome numa possível inviabilidade da candidatura de Rosinha Garotinho. Você também apostava que essa chance era nula?
GERALDO PUDIM –
Tanto tinha total convicção disso que o Garotinho me convidou para sua assessoria em Brasília e ficou acertado assim sem a menor preocupação de que a prefeita Rosinha poderia não ser a candidata. Sobre meu nome estar cotado para a condição de candidato em Campos, isso não chegou a ser tratado e nem cogitávamos isso. Esse papo sempre foi de quem estava do outro lado, pensando diferente de quem realmente é do grupo e sabe o que quer em nome do projeto do grupo, e não pessoal. Evitei sim até, quando estava em Campos, de estar presente em atividades de campanha para exatamente evitar o ti-ti-ti, o que era usado para especulações, o que infelizmente chegou a acontecer em determinado momento. Isso sim foi deliberado.

SITE URURAU – Como está o entendimento político para que assuma a cadeira na Alerj? Esse é mesmo o caminho mais provável?
GERALDO PUDIM –
Hoje existe real possibilidade de assumir a cadeira na Alerj, já que Miguel Jeovani se elegeu prefeito em Araruama e com isso a vaga é da primeira suplente, a nossa companheira Verônica Costa, que se elegeu como a mais votada do PR, vereadora na cidade do Rio de Janeiro, sendo assim, ela tem a opção de escolher se vai para Câmara ou Alerj, mas há o entendimento que para o nosso grupo político é importante minha ida para Alerj, e sendo assim vamos para mais essa missão, que se confirmar, estaremos automaticamente dando início a outros projetos que são da reestruturação do Partido da República em todo o estado e minha retomada ao Congresso Nacional em 2015, e mais, nossa perspectiva de Garotinho retornar ao Governo do Estado, e tenho convicção de que ele será nosso candidato, mas, mesmo que tudo dê errado ele pode ser candidato a senador, ou até mesmo a reeleição de deputado federal, e eu assim mesmo vou ser candidato também a deputado federal, não vamos cometer o mesmo erro.

SITE URURAU – O primeiro passo foi o processo eleitoral, agora é o ajuste político para definir sua ida para Alerj?
GERALDO PUDIM –
A gente enquanto partido não pode estreitar, temos que alargar, crescer. A gente entende que a Verônica Costa com as raízes políticas fortes no Rio de Janeiro, seria muito interessante nesse momento de efervescência política que a cidade vive, que possa ser vereadora, até por ter sido a mais votada. Temos a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, momento oportuno para termos representantes na condição dela. Há também o entendimento que minha presença na Alerj possa dar maior sustentação do grupo que tem como objetivo reto a candidatura de Garotinho para o Governo do Estado, até mesmo por minha vinculação política a ele. Mas não posso definir nada. A decisão é dela que agora pode optar, tendo o mandado de deputada numa mão e de vereadora na outra, mas acredito que ela terá maturidade suficiente para entender que a decisão de ir para Câmara amplia a condição política do nosso grupo.

SITE URURAU – Ainda sobre o projeto 2014, como seria essa composição política com outros nomes na disputa a Câmara Federal?
GERALDO PUDIM –
Precisamos nos fortalecer enquanto região. Só Campos tem 340 mil eleitores. A prefeita Rosinha foi eleita com 160 mil votos. Podemos e vamos trabalhar em harmonia com o deputado Paulo Feijó aqui nas regiões Norte e Noroeste. Iniciamos imediatamente após as eleições municipais, as avaliações das candidaturas regionais. No Sul do Estado, por exemplo, o Zoinho, que é do PR e que não se elegeu prefeito em Volta Redonda, naturalmente é candidato a reeleição. Temos que lançar candidatura na Região Serrana e mais uma na Região Sul, podendo lançar duas na Região dos Lagos, sem contar com a Região Metropolitana onde elegemos em São Gonçalo, o deputado federal Neilton Mulim como prefeito. Então deveremos ter duas ou três candidaturas bem sedimentadas na capital e talvez mais duas na Baixada Fluminense. Agora está na hora de arrumar esse tabuleiro, mas de forma bem estudada pensando na qualidade e não quantidade, por falta do compromisso e comprometimento, pensando no projeto do retorno de Garotinho ao Palácio Guanabara. Garotinho voltará a ser o governador do Estado a partir de 2015, antes de retornar para Brasília, mas aí em outro patamar...

SITE URURAU – Essa composição que você apresenta, é de pensamento conjunto?
GERALDO PUDIM –
É importante chamar a atenção de todos os companheiros para onde reside a maturidade política de um grupo. Não devemos nos arvorar por um projeto pessoal e individualista. O grupo tem um projeto de grupo. Tudo isso que está acontecendo tem uma participação nossa e se for deputado estadual vou poder mais, mas sem pensar em projeto pessoal. A gente já ouve candidaturas a deputado estadual e federal, mesmo sem antes os votos de vereadores terem ‘esfriados’. É um direito? É. Mas isso foi discutido com quem? Se somos um grupo político, que esses projetos individuais sejam inseridos no projeto do grupo, para não corrermos o risco de estarmos nos dividindo, e, basta olhar para o recente quadro de alguns companheiros que terminaram no ostracismo. Todos os que se arvoraram em projeto individual tiveram um final trágico. Qual que fez oposição sistemática ou que na ultima hora mudou de lado que se reelegeu? Nenhum. Muitos não tiveram peito nem de tentar. A oposição não é a Rosinha, ao Garotinho, ao Pudim e a qualquer outro membro do grupo, são oposição ao projeto político hoje representado em Campos pela prefeita Rosinha, e quem veio contra, o povo disse não e mandou para casa. Então que fique a lição para os companheiros, para que os projetos pessoais possam não impedir a unidade.
Redação

Nenhum comentário:

Postar um comentário