quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CAMINHONEIROS: GREVE AUMENTA PREÇOS NE FEIRA



  • Mercado de hortigranjeiros foi um dos poucos a mostrar reflexos da greve até agora
Mercado de hortigranjeiros foi um dos poucos a mostrar reflexos da greve até agora 
A greve dos caminhoneiros em diversos pontos do país ainda não surtiu grandes reflexos no abastecimento de Campos. Mas os preços de alguns produtos acabaram afetados. Itens de feira livre, como cenoura, batata e tomate, subiram em até 100% mais caro na última semana. Comerciantes e clientes estão insatisfeitos com o aumento e sem expectativa de que os preços voltem a baixar.
No Mercado Municipal, a oferta de produtos é considerada normal. A única reclamação é em relação aos preços. “Hoje (ontem) comprei uma caixa de batatas a R$ 100. Mais que o dobro do preço normal”, contou o feirante Gabriel Monteiro.
O também feirante Ronaldo Velasco, há 55 anos no ramo, tenta explicar. “Os caminhoneiros têm que desviar dos engarrafamentos por atalhos, aumentando o custo com combustíveis”.
Para os clientes, também motivo de reclamação. O quilo da batata, que custava em torno de R$ 1, sai agora a R$ 1,5. Já a cenoura passou de R$ 1,5 para R$ 3.
“Chego ao Mercado e rodo todas as bancas, pesquiso e pechincho. Só depois eu volto aos locais onde encontrei o melhor preço e compro somente a quantidade necessária”, ensina a dona de casa Rosângela Carvalho.
Setor cerâmico sem problemas
O setor cerâmico de Campos, um dos que mais utilizam estradas federais para escoamento da produção para o Grande Rio, Espírito Santo e Bahia, ainda não enfrenta problemas. O mesmo ocorre com setor pesqueiro, base da economia de Farol de São Tomé, no litoral campista.
Segundo o presidente do Sindicato dos Ceramistas, Amaro da Conceição, a produção chegou a ser paralisada no primeiro dia de greve dos caminhoneiros, como medida preventiva. “Mas já no segundo dia voltamos com a procução normal”, explicou.
O movimento já começa a cansar alguns caminhoneiros que esperam uma solução para o problema o mais rápido possível. “Costumo transportar perecíveis e nesses casos essas greves sempre preocupam. Mas os colegas têm seus motivos para realizarem esse movimento. Vamos torcer pelo melhor”, afirmou o caminhoneiro Venâncio Ramos, 43 anos.
O movimento grevista começou na última quarta-feira para contestar as novas regras de descanso nas jornadas que, entre outras coisas, determina descanso de 30 minutos a cada quatro horas de estrada. A Lei 12.619 regulamenta a profissão de motoristas profissionais com vínculo empregatício.
Para o caminhoneiro Fernando Dajomi, 38, morador no Rio de Janeiro, a Lei tende a prejudicar a maioria dos profissionais, que ganham de acordo com o frete que recebem. “Quanto mais frete pegamos, melhor. A gente fica fora de casa, mas quando voltamos estamos com o sustento da família garantido”, justifica.O diario 

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