sábado, 7 de julho de 2012

SEIS EM CADA 10 CIDADÃOS TEME SER ASSALTADO AO ASSASSINADO


Divulgação/Leonardo Berenger
Em Campos, 8º BPM busca diminuir os índices desse tipo de violência
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Com o crescimento da desigualdade social e o número de indivíduos cada vez mais vulneráveis a marginalidade, é inevitável que a criminalidade se desenvolva em todas as partes do Brasil. Com isso, cresce o medo de pessoas que cada vez mais se sentem suscetíveis a certos tipos de ocorrências criminais.

De acordo com o site da Agência Brasil, uma pesquisa de opinião divulgada nesta quinta-feira (05/07) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que é alto o medo da violência no Brasil e baixa a confiança nas polícias que combatem os crimes mais próximos do cotidiano do cidadão.
De acordo com a pesquisa, a cada grupo de dez brasileiros, pelo menos seis têm “muito medo” de assalto à mão armada, assassinato e arrombamento da residência. Mais da metade sentem “muito medo” de sofrer agressão. O percentual de “nenhum medo” em todos os quesitos (assalto à mão armada, assassinato e arrombamento da residência) é em torno de 10%, com exceção do tema sofrer agressão, em que o percentual é 18,2%.
“Todas as vezes que uma pessoa é submetida a certo tipo de crime ela cria uma insensação real, e repassa para outras que nunca sofreram nenhum crime. Esses indivíduos criam uma insensação abstrata do fato. É o que a gente chama de medo difuso do crime, que influencia no medo concreto”, explicou o subcomandante do 8º Batalhão da Polícia Militar em Campos (8º BPM), Major João Carlos Alves.
Vítima de assalto por cinco vezes, o estudante Jhonatan de Azevedo Barbosa, 26 anos, contou como a criminalidade abalou a sua vida. Segundo ele, o medo de ser assaltado novamente é tanto que o jovem passou a sair de casa sem carregar nenhum pertence.
“A primeira vez que me abordaram foi em uma das áreas mais movimentadas da cidade, a Pelinca. O que me deixou perplexo foi o abuso do bandido, pois era mais ou menos 11h30 da manhã. Na ocasião, ele levou apenas meu celular. A partir daí foram uma série de outros casos, sendo que, os dois últimos assaltos, os suspeitos estavam de moto e armados”, revelou o estudante.
Jhonatan acha que o principal problema da criminalidade está nas drogas. “Em minha opinião, os usuários de crack são os mais perigosos. A cidade está sendo dominada aos poucos por esses indivíduos, que veem desafiando até mesmo a polícia”.
Segundo major Carlos, para complicar ainda mais a situação, a legislação brasileira está trabalhando para não punir mais o usuário, tanto que um projeto de Lei já vem trabalhando para retirar o usuário de ser tachado de criminoso.
“Isso tem um lado bom, pois iria ajudar a diminuir a população carcerária do país. Mas, por outro lado, vai aumentar a quantidade de droga e crime relacionado ao seu consumo nas ruas. Então vai aumentar a quantidade de traficantes, a rivalidade entre eles, e o número de armas ilegais. O percentual de troca de tiros e homicídios também crescerão gradativamente”, afirmou João Carlos.
Em Campos a Polícia Militar está tentando melhorar o seu serviço cada dia mais. “Nós temos o disque denúncia, serviço 24 horas em prol da população. Temos serviços que garantem ao cidadão fazer qualquer tipo de reclamação, e até mesmo, dar sugestões para aprimorarmos nosso trabalho”, mencionou o subcomandante. O número do disque denúncia é (22) 2722 1177.
Major Carlos lamentou a falta de registros feitos por vítimas de pequenos furtos e assaltos.  Segundo ele, a Polícia Militar trabalha em cima da chamada ‘mancha criminal’, onde os agentes costumam atuar nos locais de maior incidência criminal.
“Muitas vezes as pessoas não registram as ocorrências e isso dificulta nosso trabalho. Para gente seria imprescindível que as vítimas registrassem. A polícia só trabalha onde os registros são feitos. Se não há registro, o local onde o crime aconteceu, passa ser de menor incidência e policiamento também”, disse o subcomandante concluindo:
“O serviço de 190, que é tão criticado no Brasil, em Campos vem melhorando a cada dia. Nós trabalhamos educando os policiais, seja dando instruções ou conscientizando os agentes, de que o serviço é essencial para população, e muitas vezes, é o único contato direto da polícia com as pessoas”, encerrou.
Kelly Maria - Estagiária

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