CP no Legislativo e ação no Judiciário
O vereador de São Francisco de Itabapoana, Fabinho do Estaleiro (PSDB), presidente da Comissão Processante (CP) que apura irregulares na área da Saúde, informou que já está pautada para o próximo dia 15, às 10h, o julgamento do processo que vai definir a cassação ou não do prefeito Beto Azevedo (PMDB). Porém, para a defesa do prefeito, a CP não vai funcionar como a oposição imagina. “Existem vários vícios que foram listados em uma ação que visa trancar a Comissão”, explica o advogado João Paulo Granja.
No momento, o grupo que faz oposição ao prefeito aposta no afastamento do prefeito com a CP que está em andamento na Câmara. De acordo com os oposicionistas, existem provas contundentes contra a administração municipal. “Era um negócio impressionante. Nós só temos 42 mil habitantes. O que acontecia? A quantidade de exames realizados não havia mudado. A verdade é que eles informavam um número maior ao SUS e ficavam com o dinheiro”, diz Fabinho, que presidia a CPI da Saúde.
Para a defesa de Beto, não existe coerência nas denúncias da oposição. “A denúncia feita pela Comissão Processante foi baseada em denúncias genéricas, ou seja, o texto conta com acusações que não sabemos exatamente quais são. Isso é a inversão do ônus da prova. Eles fazem várias denúncias e juntam apenas uma série de contratos da prefeitura com a Fênix (clínica que estaria envolvida no desvio de verbas). É uma denúncia política e contraditória”, disse o advogado.
Para esquentar ainda mais o clima em São Francisco, na noite da última segunda-feira, o vereador Fabinho do Estaleiro informou que a sua morte teria sido encomendada pelo prefeito. Desgastado, Beto Azevedo disse que as acusações são infundadas e estaria disposto a se afastar do ambiente político. Ao ser indagado sobre a suposta articulação para assassinar o vereador Fabinho, Beto Azevedo disse que se trata de um grande absurdo e que vai abrir um processo por danos morais contra o parlamentar da oposição. Segundo Beto, Fabinho estaria querendo se promover e tudo não passa de uma perseguição de um grupo que tenta se fazer de vítima. Em uma emissora de rádio o prefeito também informou que pensa seriamente em não participar do ambiente político nas eleições de outubro.fonte folha da manhã
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