quinta-feira, 29 de março de 2012

Prefeito de SFI Beto Azevedo preso pela Federal na 'Operação Renascer'


Fotos: Mauro de Souza
Outros quatro mandados foram cumpridos por corrupção e desvio de verbas da saúde

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Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (29/03), a Polícia Federal (PF) deflagrou a 'Operação Renascer' para desmantelar uma organização criminosa no município de São Francisco de Itabapoana (SFI) da qual o prefeito Beto Azevedo, segundo informações do delegado Paulo Cassiano, seria o líder. 
Foram cumpridos cinco mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em diversos locais, dentre eles, a casa do Prefeito e a Prefeitura de SFI. Na casa do prefeito, onde a incursão foi feita pelo Delegado Titular da Polícia Federal, Paulo Cassiano Júnior, junto com uma equipe, Beto Azevedo não estava em casa, somente sua esposa, filho e funcionários. Beto foi preso em outro endereço, um apartamento no edifício Luxor, em Campos.
Além de "Beto da Saúde", como também é conhecido o prefeito, foram presos o ex-secretário de Saúde do município, Fabiano Córdova, o atual, Cristiano Sales e os donos da clínica Fênix, o casal Fábio Silva e Juliana Meireles. Os mandados de prisão são temporários por cinco dias podendo ser estendidos.
Os mandados de prisão são por crimes de corrupção e desvio de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS), estipulado em cerca de R$ 2,5 milhões. A verba teria sido desviada entre os anos de 2009 e 2011.
Segundo o delegado Paulo Cassiano, o grupo agia forjando exames para receber verbas do SUS (Sistema Único de Saúde). “Nós constatamos um acréscimo de 500% de exames no município, acima da demanda normal, para se ter uma ideia, se todos esses exames tivessem sido realizados, poderíamos concluir que toda população de São Francisco está muito doente, ou que todos estão muito bem, cuidando muito da saúde, porque se esses exames fossem realizados, seria como se todos os munícipes fizessem dois ‘check ups’ anuais”, disse o Delegado.
As investigações, que culminaram no inquérito policial, tiveram origem a partir do depoimento de um informante, em novembro de 2011.
Equipes da Polícia Federal recolheram documentos em repartições públicas que funcionam na sede do Executivo Municipal, como a Fundação Municipal de Saúde, onde a porta precisou ser arrombada, já que no momento da incursão não havia funcionários que tivessem a chave. O gabinete do prefeito também foi arrombado.  
Todos os presos foram conduzidos a sede da Polícia Federal em Campos.

Ururau

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