sábado, 24 de março de 2012

Apimentando a relação: Venda de artigos eróticos cresce na internet


Fotos: Leonardo Berenger
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O contato com o cliente é da seguinte forma: direto, mesmo não sendo pessoal, de modo a atingir o público final massivamente. A internet tem levado o internauta a compreender como artigos eróticos podem contribuir para o desenvolvimento sócio-cultural. Com isso empresas de pequeno e grande porte tem apostado em redes sociais para divulgarem seus preços e produtos.

Para vender artigos eróticos não basta apenas conhecer o produto é necessário perceber o perfil do cliente. Algumas mulheres não tratam com naturalidade ou assumem que gostam de usar vibradores, por isso produtos mais lights como lâminas, gel que esquenta e esfria, bolinhas explosivas são recordes de vendas. Isso ocorre porque em torno de produtos eróticos gira uma série de conceitos formados: "vibradores são para solteironas e artigos eróticos para quem namora", "meu marido é suficiente, não preciso de produtos eróticos". 

Segundo a consultora e dona da empresa ErotickHot, Ana Luiza Ferreira, a facilidade e discrição no ato da compra levam clientes a preferirem internet a Sexy Shop.

“A iniciativa de utilizar o facebook para divulgação foi uma ótima opção. De setembro a dezembro de 2011 faturamos em torno de R$ 5 mil, valor bruto. Disso tiro os 25% de comissão, impostos, contas, entre outros gastos. Pretendemos triplicar esse valor nos quatro primeiros meses de 2012”, disse a consultora.

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (ABEME) revela que nas sexy shops ou lojas de lingeries que comercializam produtos da área, 75% do público comprador é feminino. Na internet, porém, o público masculino compra mais: eles respondem por 50% das aquisições. Mas independentemente de quem compre, 95% dos produtos são usados pelo casal.

“A procura feminina é muito maior, elas buscam aprimorar cada vez mais, enquanto homens se contentam com pouco. O máximo que eles compram é perfume de feromônio "pra pegar mulher", contou Ana Luiza.

O consumidor Jhonathan Park discorda, chama para si a responsabilidade de aprimorar a relação com sua esposa.

- Acho bobeira ter certos tipos de receios quando o assunto gira entorno de sexo. Eu uso cuecas de couro, gelzinhos e já que a envergonhada é ela, eu acabo comprando e a presenteio com chicotes, tapa olho, bolinhas explosivas, calcinhas sensuais, entre outros. Acho que ela vai gostar da ideia de poder comprar pela internet, é bem mais discreto do que entrar em uma Sexy Shop. - contou Jhonathan. 

A EroticktHot recomenda para o uso de vibradores, esterilização antes e depois, para evitar infecções. 

- Contra indicação quanto a quantidade, ou ao tipo de produto, não existe não! Pode usar e abusar sem problemas que as coisas tendem só melhorar! Sugiro apenas a limpeza dos vibradores antes e depois do uso com sabonete neutro. Se você pode aprimorar sua relação e maximizar o prazer você não vai fazer? Sexo faz bem, se masturbar faz bem. Mulheres podem se masturbar e maximizar o orgasmo durante a relação. Está com vontade? Exterioriza, coloca pra fora! - finalizou.

INICIATIVA
A iniciativa em abrir a empresa HerotickHot partiu do interesse de Ana Luiza sobre assuntos relacionados a sexo, sexualidade e sexualismo. Responsável pela parte de vendas e consultoria, ela conta com seu sócio e também namorado responsável pela parte administrativa e financeira da empresa. Com apenas seis meses de existência a empresa é legalizada, tem CNPJ, e trabalha com fornecedores maiores do que quando começou. 

PESQUISA NA ÁREA
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (ABEME) revela que o mercado de produtos eróticos cresce 18,5% no Brasil, somente em 2011. O Rio de Janeiro alcança a segunda posição em relação às vendas de produtos, ao ser responsável por 16% do mercado, atrás apenas de São Paulo, que abrange 33% desta fatia.

A média de crescimento anual do setor - que emprega cerca de 100 mil pessoas, no país - está entre 15% e 17%. O mercado de produtos eróticos no país está em franca expansão. Prova disso é que o número de consultoras do setor - aquelas que vão de porta em porta, mostrando catálogos e produtos - subiu de 300, em 2006, para 60 mil, em 2011: um salto de 19.900% em cinco anos. Maior mercado da América Latina, o Brasil tem em torno de dez mil estabelecimentos (físicos ou virtuais) em funcionamento, num mercado que só teve seu grande boom em 2009 - apesar da crise americana.

Ururau

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